Em
1971, um consultor americano chamado Laurence J. Peter, escreveu um livro
intitulado no original “The Peter Principle”. Editado no Brasil, recebeu o nome
“Todo mundo é incompetente, inclusive você”. O princípio de Peter apregoa que
as pessoas são promovidas por serem competentes naquilo que fazem. Quando
começam a demonstrar alguma incompetência no nível que chegaram, param de ser
promovidas.
Todo
ser humano é competente até um determinado nível, mas quando o atinge, quer
passar ao nível seguinte. E aí, fatalmente, torna-se incompetente.
Essa
situação é uma lei natural da vida, não uma catástrofe!
Todos nós temos nossos limites.
Saber utilizá-los a nosso favor é o que conta.
Todos nós temos nossos limites.
Saber utilizá-los a nosso favor é o que conta.
Segundo
o Consultor de Recursos Humanos, José Augusto Minarelli, a empregabilidade é
formada por seis pilares: adequação vocacional, competência profissional,
idoneidade, saúde física e mental, ter uma reserva financeira e fontes
alternativas e networking. Depois
de ler esse parágrafo não vai me dizer “era feliz e não sabia”!
Algumas
décadas atrás, um dos quesitos de uma carreira bem sucedida, centrava a
dedicação, a lealdade e a paciência para percorrer, degrau a degrau, a
hierarquia da empresa. Em troca aconteciam estórias do office boy que virou
presidente. O perfil básico do profissional era moldado pela experiência
(principal referência de êxito), pela acomodação, pela dependência, pelo
carreirismo, pela resistência às mudanças, o salário determinado pela empresa e
a aquisição de conhecimentos vinha da vontade pessoal.
Por
volta dos anos 80, indivíduos e empresas começaram a abandonar a ideia dos
chamados “edifícios para sempre”. O perfil básico do profissional passou a ser
moldado pelo grau de escolaridade (agora principal referência de êxito), pela
confiança, pelo “ser” político, pela criatividade, pelo ajuste às mudanças,
pela competitividade, o salário negociado com a empresa e a aquisição de
conhecimentos baseada na teoria acadêmica.
O
conceito “você é o dono da sua carreira” começou a ganhar consistência a partir
do processo da globalização e da corrida em busca de competências. Sustenta a
contratação de colaboradores com alto potencial de êxito, assegura que estes
colaboradores recebam o monitoramento necessário para desenvolver este
potencial, define um sistema de avaliação para fornecer a retroalimentação
necessária para alcançar um desenvolvimento excelente e permite focar nos
conhecimentos, habilidades e atitudes que os colaboradores necessitam para
alcançar os objetivos da empresa.
O
perfil básico do colaborador tem que ser moldado pelo relacionamento com sua
equipe (agora principal referência de êxito), quer como líder, quer como
integrante, pelos estudos, pela visão global das coisas, pela postura nos
processos de mudanças, pela capacidade de facilitador, o salário é conquistado
pelo resultado de seu trabalho e de sua equipe e a aquisição de conhecimentos é
fruto de aprendizado contínuo.
Nesse
novo contexto, aos seis pilares da empregabilidade citados, podemos acrescentar
mais quatro: capacidade de influenciar pessoas, facilidade para promover
mudanças, contínua capacidade e vontade de aprender a reaprender e
flexibilidade intercultural.
A
sabedoria consiste em conseguir transformar e trabalhar os dez pilares em seu
benefício.
Colocá-los
a seu serviço. Isso se chama Talento!
Além
de estar sempre focado e atualizado naquilo que se sabe fazer e acontecer, é
muito importante buscar sempre informações de cultura geral (lembre-se do pilar
flexibilidade intercultural).
Estar
em dia sobre conhecimentos gerais do mundo da política, economia, literatura,
esportes torna a sua presença e conversa mais interessante aos ouvidos de
todos.
Também
lá pelos anos 70, surgiu outro livro muito interessante do Consultor americano
Martin Smith. O título dado em português foi “Eu odeio ver um gerente chorar”.
Uma vez atingido o nível máximo de competência, ou até antes, surge sempre o
gerente chorão. Adora reclamar de todos e de tudo, principalmente aos ouvidos
de RH. Lamúrias de dificuldades no trabalho, que não é reconhecido, que não lhe
dão a devida atenção, fatores “estranhos” dificultam seu trabalho, eu bem que
falei isso, eu bem que falei aquilo e por aí vai. Procure ficar longe desses
aí! Sua motivação pode ser abalada ou apagada por gestores medíocres.
Voltando
ao Princípio de Peter, qual o problema se você chegou ao seu nível de
competência, se você tem paixão pelo que faz? Ao se sentir sentado no último
degrau da sua escada profissional e não tiver mais paixão pelo que faz, não
haverá livro de auto ajuda que lhe dê mais um degrau.
Muitas
pessoas buscam sonhos que não são seus!
Carlos Alberto de Campos Salles
Consultor de Recursos Humanos
Independente
Remuneração - Gestão de Desempenho - Competências
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