sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Directivos y expertos en Recursos Humanos reflexionan en Madrid...

Directivos y expertos en Recursos Humanos reflexionan en Madrid sobre las transformación que están sufriendo las organizaciones

“El entorno ha cambiado y las empresas se han dado cuenta de que tienen que cambiar, pero los procesos de transformación son complicados”

La transformación tecnológica en la que estamos inmersos, y el entorno económico, político y social actual están configurando un escenario caótico e impactando, y lo harán cada vez más, en nuestros modos de trabajo y organizaciones. Con este telón de fondo, ha comenzado hoy el 48º Congreso Internacional Aedipe, que se está celebrando en Kinépolis, Madrid, con la participación de directivos de compañías líderes, como Google, Bankia, Cepsa, Siemens, Coca Cola, Linkedin, Microsoft…El “gurú” Mike Walsh ha inaugurado el Congreso hablando de innovación con su célebre frase “el futuro es hoy”.

Dulce Subirats, presidenta de Aedipe Centro y del Congreso, ha dejado claro en su inauguración que “hoy pocos cuestionan el papel estratégico de RRHH a la hora de conseguir los objetivos de negocio. “De nosotros depende en buena media el éxito de las organizaciones”.


Subirats, Directora de RRHH de Mutua Madrileña, ha pronunciado varias veces las palabras cambio y transformación. “Para que una institución perdure debe estar viva y saber adaptarse a los cambios y necesidades de la sociedad. Es lo que hacen las organizaciones inteligentes para perdurar; transformarse”. “Transformar la energía en talento” es  el eje de todo el Congreso. 

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terça-feira, 21 de outubro de 2014

"Você me desculpe, mas eu vou ser assertivo'!"

Fonte: calfaria@merkatus.com.br - Carlos Alberto de Faria
http://www.merkatus.com.br 

Assertividade costuma ser uma das Competências elegíveis em processos de avaliação de desempenho. Porém, não são raras as ocasiões em que tal conceito é aplicado e interpretado de maneira equivocada no mundo corporativo. O Consultor Carlos Alberto de Faria nos explica de forma clara e objetiva, como utilizar de forma adequada o conceito Assertividade. Vamos à leitura:

"Você pode ser sempre você!
A liberdade do outro começa onde termina a sua.
Aprenda a falar dos seus sentimentos próprios, a falar de si.
Quando falamos de nós próprios podemas falar de como as palavras, as ações dos outros nos impactam, sem julgar o outro.
Isto é assertividade, tão comentada e tão mal aplicada..."

Hoje, fala-se e se usa a assertividade de uma forma indiscriminada e inapropriada. Assertividade acabou virando uma desculpa para as pessoas "enfiarem o pé na jaca":- "Você me desculpe, mas eu vou ser assertivo'!"

O próprio uso desta frase já mostra a não assertividade, pois se você é assertivo, não precisa pedir desculpas para expor o que quer que seja.

Há várias ocasiões, dificuldades e falta de repertório comportamental e atitudinal, que levam as pessoas a deixarem de ser assertivas:

- Elas não sabem trabalhar e se relacionar adequadamente com pessoas.
- Elas não se mostram por inteiro para os outros.
- Elas têm dificuldades de aceitar a diversidade de papéis, opiniões e sentimentos.
- Elas não expressam suas opiniões, desejos, expectativas, percepções, sentimentos e emoções.
- Elas querem manter controle sobre si ou sobre os outros, ou sobre si e os outros.
- Elas não sabem definir os seus limites, nem perceber os limites das outras pessoas.
- Elas têm medo, raiva, frustração, falta de esperança com as pessoas do seu relacionamento pessoal e profissional.
- Elas têm pena de si próprias e se colocam na defensiva.

Antes de falar sobre como ser assertivo, vamos dizer o que assertividade não é:

- Assertividade não é ser "sincero" com os outros.
- Assertividade não é você ter "pontos de vista sobre pessoas".
- Assertividade não é julgar os outros.
- Assertividade não é por para fora tudo o que você pensa.
- Assertividade não é você se mascarar ou se camuflar.
- Assertividade não é evitar conflitos e críticas.

Assertividade não é ser passivo, e aceitar os padrões de outrem, impostos de fora para dentro; nem tampouco ser agressivo, e emitir uma avalanche de impropriedades a quem você julgar atravessar os seus limites.

Um outro conceito, bastante misturado com a assertividade é o "feedback". Só para esclarecer e trazer um posicionamento claro: Ser assertivo é não ser passivo, nem ser agressivo, ou quaisquer combinações possíveis destes dois comportamentos não apropriados, pois podem conduzir você a momentos indesejados, para você e para quem o acompanha, produzindo uma baixa crescente na sua auto-estima. Chamar alguma coisa de "feedback", não faz disso um "feedback"; se ele contém um julgamento, é uma crítica.

"Feedback" refere-se a observações, jamais julgamentos ou críticas."
Esta frase está no livro "Real Coaching and Feedback - How To Help People Improve Their Performance", de J. K. Smart, Pearson Education, 2003

Assertividade é:

- viver e usufruir os seus direitos;
- reconhecer e expressar os seus sentimentos e emoções;
- solicitar o que você quer;
- expressar os seus pontos de vista sobre assuntos, idéias, ideais, e conceitos;
de forma direta, com integridade, honestidade e respeito aos outros.

Assertividade é estar presente, por inteiro, sempre e, não só permitir, mas incentivar que as demais pessoas à sua volta também ajam de forma semelhante.

Uma pessoa assertiva é aquela que tanto reconhece como permite que as suas vozes internas sejam liberadas, com classe, pois, como constantemente liberadas, não há a repressão passada que provocaria o grito de hoje ou do futuro.

Ser assertivo é:

- fazer emergir o seu "eu",
- aceitar o seu "eu",
- expor o seu "eu" com altivez,
- fazer o seu "eu" ser visível e respeitado;
- criar uma parceria com você próprio.

Ser assertivo é deixar de ser perfeito, é aceitar e expor as suas falhas, as suas emoções e opiniões cruas e não "politicamente corretas", o seu lado humano incoerente, mas real.
Neste ponto há outro engano comum: opinião sobre os outros, frequentemente, é um julgamento. Já assertividade é falar de si, de suas emoções e sentimentos.

Quando você conseguir essa sua parceria consigo mesmo, essa parceria conduz a que o mandamento
"Ama o próximo como a ti mesmo" deixe de ser um mandamento, e passe a ser a constatação de que os seus comportamentos e as suas atitudes constroem: "Você aceita e ama o seu próximo na mesma e exata medida que aceita e ama a si."

E para esta construção, não há um início, nem um final; o todo se forma pela sua vontade, por pequenas aproximações sucessivas, ao longo da sua vida. Com a assertividade não há, definitivamente, a "degustação de sapos". Depois das técnicas práticas da assertividade apresentadas nesse Boletim acima só resta dizer que toda e qualquer a pessoa que:

- ou trabalha com público,
- ou vive em família ou comunidade,
- ou se relaciona com pessoas,

necessita exercer a assertividade.

Você se enquadra em alguma destas condições?

Se você busca ser cada vez mais você, você precisa dar espaço para que as suas emoções e sentimentos surjam, sejam percebidas e assumidas por você.

Fonte: calfaria@merkatus.com.br - Carlos Alberto de Faria

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

O segredo do anel!

Recebi o conto abaixo há alguns anos e relendo achei que seria uma boa mensagem para o início do ano!

"Em um pequeno vilarejo vivia um velho professor, que de tão sábio, era sempre consultado pelas pessoas da região.

Uma manhã, um rapaz que fora seu aluno, vai até a casa desse sábio homem para conversar, desabafar e aconselhar-se.
- Venho aqui, professor, porque sinto-me tão pouca coisa, que não tenho forças para fazer nada. Dizem-me que não sirvo para nada, que não faço nada bem, que sou lerdo e muito idiota. Como posso melhorar? O que posso fazer para que me valorizem mais?

O professor, sem olhá-lo, disse:
- Sinto muito meu jovem, mas não posso ajudar-lhe. Devo primeiro resolver meu próprio problema. Talvez depois.

E fazendo uma pausa falou:
- Se você me ajudasse, eu poderia resolver este problema com mais rapidez e, depois, talvez, possa lhe ajudar.

- C... claro, professor, gaguejou o jovem, mas sentiu-se outra vez desvalorizado e hesitou em ajudar seu antigo professor.
O professor tirou um anel que usava no dedo pequeno, deu ao rapaz, e disse:

- Monte no cavalo e vá até o mercado. Devo vender esse anel porque tenho que pagar uma dívida. É preciso que você obtenha pelo anel o máximo valor possível, mas não aceite menos que uma moeda de ouro. Vá e volte com a moeda o mais rápido possível.
O jovem pegou o anel e partiu.

Mal chegou ao mercado, começou a oferecer o anel aos mercadores.
Eles olhavam com algum interesse, até quando o jovem dizia o quanto pretendia pelo anel.

Quando o jovem mencionava uma moeda de ouro, alguns riam, outros saiam sem ao menos olhar para ele, mas só um velhinho foi amável a ponto de explicar que uma moeda de ouro era muito valiosa para comprar um anel.
Tentando ajudar o jovem, chegaram a oferecer uma moeda de prata e uma xícara de cobre, mas o jovem seguia as instruções de não aceitar menos que uma moeda de ouro e recusava as ofertas.

Depois de oferecer a joia para todos que passaram pelo mercado, abatido pelo fracasso, montou no cavalo e voltou.
O jovem desejou ter uma moeda de ouro para que ele mesmo pudesse comprar o anel, livrando assim seu professor das preocupações.

Dessa forma ele poderia receber a ajuda e conselhos que tanto precisava.
Entrou na casa e disse:

- Professor, sinto muito, mas é impossível conseguir o que me pediu. Talvez pudesse conseguir 2 ou 3 moedas de prata, mas não acho que se possa enganar ninguém sobre o valor do anel.
- Importante o que disse, meu jovem... contestou sorridente. Devemos saber primeiro o valor do anel. Volte a montar no cavalo e vá até o joalheiro. Quem melhor para saber o valor exato do anel? Diga que quer vender o anel e pergunte quanto ele lhe dará por ele. Mas não importa o quanto ele ofereça, não o venda... Volte aqui com meu anel.

O jovem foi até o joalheiro e deu- lhe o anel para examinar.
O joalheiro examinou o anel com uma lupa, pesou o mesmo, e disse:

- Diga ao seu professor, que se ele quiser vender agora, não posso dar mais que 58 moedas de ouro pelo anel.
- Cinquenta e oito moedas de ouro! - exclamou o jovem.

- Sim, replicou o joalheiro. Eu sei que com tempo eu poderia oferecer cerca de 70 moedas, mas se a venda é urgente...
O jovem correu emocionado à casa do professor para contar o que ocorreu.

- Sente-se - disse o professor.
Depois de ouvir tudo o que o jovem contou-lhe, falou:

- Você é como este anel, uma joia valiosa e única, e que só pode ser avaliada por um "expert". Pensava que qualquer um podia descobrir o seu verdadeiro valor?
E, dizendo isto, voltou a colocar o anel no dedo.

- Todos somos como esta joia: valiosos e únicos, e andamos por todos os mercados da vida pretendendo que pessoas inexperientes nos valorizem. Você deve acreditar em si mesmo.  Sempre!
"Ninguém pode fazê-lo sentir-se inferior sem o seu consentimento."

Eakis Thomas
Agora que você já leu, reflita e pense, “como somos avaliados rotineiramente por pessoas que não nos conhecem e o fazem por meio de gabaritos ou de primeiras e supérfluas impressões”. Disso você não pode fugir, pois tem que se expor ao mercado de trabalho e sempre garantir sua vaga para a própria sobrevivência.  O que devemos ter em conta é que antes de chegar ao "joalheiro" vamos passar, necessariamente, por várias pessoas que não saberão nos avaliar e que podem até desmerecer-nos. Por isso, não se abata ao primeiro, segundo, terceiro "não" de um selecionador/recrutador/contratante. Quem sabe o quarto não será seu "joalheiro"

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Batalhadores Brasileiros

Fonte: Portal da Globo Nordeste, Fernando Antônio Gonçalves*

Toda vez que navego pelo site da Editora da Universidade Federal de Minas Gerais – www.editora.ufmg.br -, percebo a contemporaneidade dos seus lançamentos. E um dos seus últimos é da lavra de um sociólogo de bom calibre investigatório, o Jessé  Souza (PhD em Sociologia pela Universidade de Heildelber, Alemanha), cujo texto recém lançado – Os Batalhadores Brasileiros: nova classe média ou nova classe trabalhadora? -  propõe fomentar um debate dos mais significativos no campo social, econômico e político do país, sobre uma nova classe trabalhadora chamada incorretamente de “nova classe média”. Que se encontra distanciada da incorporação dos dois capitais mais significativos da sociedade moderna: o capital econômico e o capital cultural, o que tipifica o seu não-pertencimento a uma classe média convencional.    
O livro do Souza resultou de uma pesquisa realizada nas grandes regiões brasileiras e que foi apoiada pelo CGEE – Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e pela Fapeming – Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de Minas Gerais, contando com o entusiasmo do professor Roberto Mangabeira Unger, à época Ministro Extraordinário de Assuntos Estratégico do Governo Federal, também autor do prefácio.
O mote norteador para a efetivação da pesquisa se encontra na orelha do livro: “O novo regime de trabalho do capitalismo financeiro em nível mundial encontrou nesses batalhadores brasileiros – assim como em frações de classe média correspondentes em países emergentes como Índia e China – sua ‘classe suporte’ típica. Sem contar com as benesses provindas de uma socialização anterior de lutas operárias organizadas, disponível para aprender todo tipo de trabalho e disposta a se submeter a praticamente todo tipo de superexploração de mão de obra, essa nova classe social logrou ascender a novos patamares de consumo a custo de extraordinário esforço e sacrifício pessoal.Foram esses brasileiros que construíram o fundamento do período de desenvolvimento que vivenciamos hoje em dia. Para onde quer que essa nova e vibrante classe de brasileiros batalhadores se incline, desta inclinação dependerá também o desenvolvimento político e econômico brasileiro no futuro”.
O livro tem uma Introdução – Uma nova classe trabalhadora brasileira? – e três partes: Perfis de Batalhadores Brasileiros, A Economia Política do Batalhador e A Religião do Batalhador. Na introdução, Souza define como maior desafio do pensamento crítico brasileiro o de “perceber mudanças sociais, políticas e econômicas profundas, no contexto de uma época em transição”, num mundo que se encontra em ebulição, bem maiores nos próximos anos depois da tragédia japonesa acontecida em março passado. E ele ressalta que qualquer observador mais atento percebe que todos os analistas estão falando como se o mundo inteiro estivesse prestes a ser regido por uma nova “lei social”, muito embora nada seja definido sobre o “como” exatamente o mundo teria se modificado a partir de novos estamentos. 
Na primeira parte são observadas as formalidades precárias da capacitação profissional, os que estão integrados nas unidades familiares dos empreendimentos rurais, a caracterização das famílias, os batalhadores feirantes, inclusive os da Feira de Caruaru, também sendo descritos aspectos de racismo. Na parte segunda, são analisados os populismos e os medos sentidos da maioria, também observados os estoicismos práticos do batalhador e a moralidade do trabalho, interpretando as alternativas existentes entre a glorificação do oprimido e a legitimação da opressão. Finalmente, na derradeira parte, é estudado os entrelaçamentos existentes entre pentecostalismos e os movimentos de classe.
Como Conclusão, busca-se estabelecer um elo orgânico entre patrimonialismo e racismo de classe, a partir dos discursos estruturados por uma classe social caracterizada indevidamente de média, conservadora por derradeiro, fundamentalisticamente quase reacionária.
*Fernando Antonio Gonçalves foi Secretário Estadual de Educação e Cultura de Pernambuco e é pesquisador aposentado da Fundação Joaquim Nabuco, hoje integrando o seu Conselho Diretor. Também integra o Conselho Diretor da Fundação Gilberto Freyre. Também é articulista do Jornal do Commércio de Recife/PE.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Sempre é bom lembrar Max Gehringer

 Max Gehringer

Nas relações humanas no trabalho, existem apenas 3 regras

Regra número 1

Colegas passam, mas inimigos são para sempre. A chance de uma pessoa se lembrar de um favor que você fez a ela vai diminuindo à taxa de 20% ao ano. Cinco anos depois, o favor será esquecido. Não adianta mais cobrar. Mas a chance de alguém se lembrar de uma desfeita se mantém estável, não importa quanto tempo passe. Exemplo: Se você estendeu a mão para cumprimentar alguém em 1999 e a pessoa ignorou sua mão estendida, você ainda se lembra disso em 2009.

Regra número 2

A importância de um favor diminui com o tempo, enquanto a importância de uma desfeita aumenta. Favor é como um investimento de curto prazo. Desfeita é como um empréstimo de longo prazo. Um dia, ele será cobrado, e com juros.

Regra número 3

Um colega não é um amigo. Colega é aquela pessoa que, durante algum tempo, parece um amigo. Muitas vezes, até parece o melhor amigo. Mas isso só dura até um dos dois mudar de emprego. Amigo é aquela pessoa que liga para perguntar se você está precisando de alguma coisa. Ex-colega que parecia amigo é aquela pessoa que você liga para pedir alguma coisa, e ela manda dizer que no momento não pode atender.

Durante sua carreira, uma pessoa normal terá a impressão de que fez um milhão de amigos e apenas meia dúzia de inimigos. Estatisticamente, isso parece ótimo. Mas não é. A 'Lei da Perversidade Profissional' diz que, no futuro, quando você precisar de ajuda, é provável que quem mais possa ajudá-lo é exatamente um daqueles poucos inimigos.

Portanto, profissionalmente falando, e pensando a longo prazo, o sucesso consiste, principalmente, em evitar fazer inimigos. Porque, por uma infeliz coincidência biológica, os poucos inimigos são exatamente aqueles que têm boa memória.
"Na natureza não existem recompensas nem castigos. Existem consequências."

Do Bom e do Melhor!

Estamos obcecados com "o melhor". Não sei quando foi que começou essa mania, mas hoje só queremos saber do "melhor".
Tem que ser o melhor computador, o melhor carro, o melhor emprego, a melhor dieta, a melhor operadora de celular, o melhor tênis, o melhor vinho. Bom não basta. O ideal é ter o top de linha, aquele que deixa os outros pra trás e que nos distingue, nos faz sentir importantes, porque, afinal, estamos com "o melhor". Isso até que outro "melhor" apareça - e é uma questão de dias ou de horas até isso acontecer. Novas marcas surgem a todo instante. Novas possibilidades também. E o que era melhor, de repente, nos parece superado, modesto, aquém do que podemos ter.

O que acontece, quando só queremos o melhor, é que passamos a viver inquietos, numa espécie de insatisfação permanente, num eterno desassossego. Não desfrutamos do que temos ou conquistamos, porque estamos de olho no que falta conquistar ou ter. 

Cada comercial na TV nos convence de que merecemos ter mais do que temos. Cada artigo que lemos nos faz imaginar que os outros (ah, os outros...) estão vivendo melhor, comprando melhor, amando melhor, ganhando melhores salários. Aí a gente não relaxa, porque tem que correr atrás, de preferência com o melhor tênis.

Não que a gente deva se acomodar ou se contentar sempre com menos. Mas o menos, às vezes, é mais do que suficiente. Se não dirijo a 140, preciso  realmente de um carro com tanta potência? Se gosto do que faço no meu trabalho, tenho que subir na empresa e assumir o cargo de chefia que vai me matar de estresse porque é o melhor cargo da empresa? E aquela TV de não sei quantas polegadas que acabou com o espaço do meu quarto? O restaurante onde sinto saudades da comida de casa e vou porque tem o "melhor chef"? Aquele xampu que usei durante anos tem que ser aposentado porque agora existe um melhor e dez vezes mais caro? O cabeleireiro do meu bairro tem
mesmo que ser trocado pelo "melhor cabeleireiro"?

Tenho pensado no quanto essa busca permanente do melhor tem nos deixado ansiosos e nos impedido de desfrutar o "bom" que já temos. A casa que é pequena, mas nos acolhe. O emprego que não paga tão bem, mas nos enche de alegria. A TV que está velha, mas nunca deu defeito. O homem que tem defeitos (como nós), mas nos faz mais felizes do que os homens "perfeitos".
As férias que não vão ser na Europa, porque o dinheiro não deu, mas vai me dar a chance de estar perto de quem amo... O rosto que já não é jovem, mas carrega as marcas das histórias que me constituem. O corpo que já não é mais jovem, mas está vivo e sente prazer.


Será que a gente precisa mesmo de mais do que isso? Ou será que isso já é o melhor e na busca do "melhor" a gente nem percebeu?"