quarta-feira, 1 de março de 2017

Tudo ou quase tudo que os RH´s idolatram do David Ulrich...

Carlos César da Silva Souza ou César Souza como é mais conhecido, editou em 1979 um artigo (há quase 40 anos) com o  tema “Vamos demitir o Gerente de Recursos Humanos”. 

Já naquela época, apregoava o “novo RH”, com saída total da “caixinha”. Pelo que me lembro não teve muita repercussão no mundo dos RH´s pois até hoje o maior medo é justamente “sair da caixinha” e do “já testado”. 

À época Assessor da Presidência da Odebrecht, já vislumbrava praticamente todas as recomendações e apologias do novo RH e do RH estratégico, tão em evidência a partir deste século, principalmente nos livros e palestras do David Ulrich.  


Tudo ou quase tudo que os RH´s idolatram do David Ulrich, Cesar já pensava em 1981!

Conheça um pouco do que pensava César sobre o novo Gestor de RH com olhos de 1981:


Fonte: Revista de Administração da Universidade de São Paulo - RAUSP
Volume: 16 - Número: 2 - Data: abril / junho / 1981

Conhecimentos

Estratégia Empresarial;

Processo de planejamento estratégico, tático e operacional;

Relações Trabalhistas e sindicais (aspectos comportamentais, políticos, legais e sociais);

Estrutura Organizacional (formas, conceitos, práticas);

Processo de mudança planejada das Organizações (sistema de valores, modelos alternativos, técnicas, práticas,...);

Cultura Organizacional (características, diagnóstico);

Realidade sócio econômica do ambiente onde a Organização está inserida;

Filosofia Gerencial (valores, estilos);

Orçamentação;

Elevado grau de autoconhecimento de sua estrutura psíquica para permitir decisões e ações descontaminadas de traços patológicos.


Habilidades

Relacionamento Interpessoal;

Relacionamento com pessoas que detêm poder e autoridade;

Capacidade de desenvolver equipes de trabalho;

Capacidade de desenvolver atitudes e habilidades para renovação;

Capacidade de intervir no subsistema social das Organizações lidando com conflitos e frustrações, diferentes percepções, comunicações discrepantes, motivação e necessidades e estilos de liderança;

Percepção de situações, além da capacidade de processar informações, obter e zelar pela sua implementação;

Negociação;

Capacidade de interagir com empresários capacitando-os a decidir e agir eficazmente.

Atitudes

Postura contributiva e não competitiva assessorando gerentes e a alta direção;

Enfoque nos objetivos e nos resultados;

Enfoque na simplicidade mesmo tratando de assuntos complexos;

Postura de questionamento construtivo;

Postura de autodesenvolvimento (atitude de aprendizagem constante) como um dos seus recursos básicos para a ação eficaz;

Postura de trabalho com membros da organização e não para/pelos membros da organização (atitude educacional);

Postura de quebrar os estreitos limites da rotina e do “já testado”;

Flexibilidade e predisposição para mudanças;

Aceitação do ser humano na sua complexidade de interesses e necessidades.


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