Carlos César da Silva Souza ou César Souza como é mais
conhecido, editou em 1979 um artigo (há quase 40 anos) com o tema “Vamos demitir o Gerente de Recursos
Humanos”.
Já naquela época, apregoava o “novo RH”, com saída total da
“caixinha”. Pelo que me lembro não teve muita repercussão no mundo dos RH´s
pois até hoje o maior medo é justamente “sair da caixinha” e do “já testado”.
À época Assessor da Presidência da Odebrecht, já vislumbrava
praticamente todas as recomendações e apologias do novo RH e do RH estratégico,
tão em evidência a partir deste século, principalmente nos livros e palestras
do David Ulrich.
Tudo ou quase tudo que os RH´s idolatram do David Ulrich, Cesar já pensava em 1981!
Conheça
um pouco do que pensava César sobre o novo Gestor de RH com olhos de 1981:
Fonte: Revista de Administração da Universidade de São Paulo - RAUSP
Volume: 16 - Número: 2 - Data: abril / junho / 1981
Conhecimentos
Estratégia Empresarial;
Processo de planejamento estratégico, tático e operacional;
Relações Trabalhistas e sindicais (aspectos
comportamentais, políticos, legais e sociais);
Estrutura Organizacional (formas, conceitos, práticas);
Processo de mudança planejada das Organizações (sistema de
valores, modelos alternativos, técnicas, práticas,...);
Cultura Organizacional (características, diagnóstico);
Realidade sócio econômica do ambiente onde a Organização
está inserida;
Filosofia Gerencial (valores, estilos);
Orçamentação;
Elevado grau de autoconhecimento de sua estrutura psíquica
para permitir decisões e ações descontaminadas de traços patológicos.
Habilidades
Relacionamento Interpessoal;
Relacionamento com pessoas que detêm poder e autoridade;
Capacidade de desenvolver equipes de trabalho;
Capacidade de desenvolver atitudes e habilidades para
renovação;
Capacidade de intervir no subsistema social das
Organizações lidando com conflitos e frustrações, diferentes percepções,
comunicações discrepantes, motivação e necessidades e estilos de liderança;
Percepção de situações, além da capacidade de processar
informações, obter e zelar pela sua implementação;
Negociação;
Capacidade de interagir com empresários capacitando-os a
decidir e agir eficazmente.
Atitudes
Postura contributiva e não competitiva assessorando
gerentes e a alta direção;
Enfoque nos objetivos e nos resultados;
Enfoque na simplicidade mesmo tratando de assuntos
complexos;
Postura de questionamento construtivo;
Postura de autodesenvolvimento (atitude de aprendizagem
constante) como um dos seus recursos básicos para a ação eficaz;
Postura de trabalho com membros da organização e não
para/pelos membros da organização (atitude educacional);
Postura de quebrar os estreitos limites da rotina e do “já
testado”;
Flexibilidade e predisposição para mudanças;
Aceitação do ser humano na sua complexidade de interesses e
necessidades.
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