O CEO que liderou a General Electric por 20 anos, nomeado
pela revista Fortune como o Gerente do Século, demonstra ter opiniões
contundentes sobre o assunto
“Se o seu RH só está fazendo piqueniques ou newsletters,
você está morto!”
Com tantas informações, insights e palpites que dispomos
após o advento da era digital, não é tarefa fácil saber que opinião seguir para
melhor administrar uma empresa. Até mesmo porque nenhum indivíduo detém todas
as respostas para o sucesso nos negócios. Mas quando o assunto é Jack Welch,
fica impossível desconsiderar suas ideias nas mais diversas áreas de uma
organização. O CEO que liderou a General Electric por 20 anos, nomeado pela
revista Fortune como o Gerente do Século, demonstra ter opiniões contundentes
no que diz respeito ao real papel da área de RH. Em entrevista para a Endeavor
Brasil, quando questionado se existe uma forma de medir a eficácia da área,
Welch define o indicador mais relevante: o número de líderes formados na
empresa. Sem papas na língua, diz que “se o seu RH só está fazendo piqueniques
ou newsletters, você está morto!”
Prestando atualmente consultoria para um grupo selecionado
de CEOs dos 500 da Revista Fortune, Jack Welch considera a pesquisa como um dos
grandes modos de se gerenciar. Alerta, porém, que a área de RH deve se ocupar
com as perguntas certas, pois questionar sobre a qualidade da comida oferecida
na cantina ou o espaço no estacionamento não ajudarão verdadeiramente a empresa
a atingir seus objetivos.
É algo sobre o qual precisamos refletir: por que a área de
recursos humanos não se ocupa com questões estrategicamente prioritárias? Bem,
não sou nenhum Jack Welch, mas também tenho minhas opiniões. Trabalhando com
treinamento e consultoria em liderança, pude observar a dinâmica de poder e
responsabilidade que impera em várias empresas brasileiras e me arrisco a
afirmar que o maior causador desta falta de foco estratégico é o próprio
empresário. Sua visão reacionária sobre o papel do RH faz com que as tarefas da
área fiquem limitadas a iniciativas operacionais e eventuais “perfumarias”.
Questões estratégicas, como a eficácia dos gestores no engajamento dos
colaboradores, são totalmente desconsideradas, causando um ciclo vicioso no
qual medidas reativas e superficiais acabam por aumentar ainda mais a
desconfiança e a desmotivação das pessoas.
Em consultorias, ao aplicarmos um diagnóstico chamado Medida
IAN (índice de atendimento das necessidades), coletamos um considerável volume
de informações relevantes para auxiliar o RH a avaliar a eficácia das
lideranças e, consequentemente, auxiliar os gestores na melhoria de suas
competências. De forma clara e objetiva, os números têm demonstrado o quanto as
empresas estão pecando pela falta de avaliação de seus líderes e a real necessidade
de uma capacitação competente para que saibam lidar com as questões
motivacionais recorrentes no dia a dia dos colaboradores.
O quadro preocupa, pois tal carência acaba desencadeando
sérios problemas para a atração e retenção de talentos, recursos que nenhuma
empresa pode dar-se ao luxo de desperdiçar nos dias atuais.
Voltando às palavras de Jack Welch: “O RH é secundário em
muitas empresas, pois só cuida de benefícios, piqueniques, newsletters,
aniversários. Toda essa bobagem. Nada sobre liderança!”
Um vídeo de 90 minutos em que Jack Welch compartilha suas
experiências de sucesso. Jack foi CEO da GE (General Electric) durante 20 anos,
sendo o principal responsável por elevar o valor da empresa de US$ 13 bi a mais
de US$ 400 bi. No vídeo, Jack Welch revela suas melhores práticas sobre
crescimento de empresas, gestão de pessoas, liderança, cultura organizacional,
entre outros temas fundamentais a todos os empreendedores, executivos e
interessados em negócios. O material foi produzido durante encontro promovido
pela Endeavor, no qual o executivo respondeu a perguntas de um grupo de
empresários brasileiros.
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