Thomaz Wood Jr.
O processo é conhecido. Os custos crescem, os
competidores avançam, e os acionistas querem resultados. Saída: renovar os
quadros. Leia-se: livrar-se dos funcionários mais velhos e caros, contratar
jovens efebos, com muita vontade e pequeno salário. Dito e feito. Então, o
trabalho emperra, os clientes reclamam, mas a planilha de custos fala mais
alto. Assim tem sido: a cada crise, interna ou externa, as empresas
rejuvenescem seus quadros. Alguns observadores batizaram o processo de
“juniorização”.
Uma empresa “juniorizada” salta aos olhos. Antes, o
escritório, silencioso e solene, era dominado por calvícies e cabelos brancos.
Seis meses depois, o nível de ruído aumentou, e uma horda juvenil se
estabeleceu. Foram-se as regras e procedimentos, substituídos por um frenesi
frequentemente confundido com agilidade e produtividade. O mais importante é,
porém, que a folha de pagamento foi reduzida. Inferno na Terra, paz no Olimpo
corporativo.
O Brasil está envelhecendo. Pesquisa recente mostra
o despreparo das empresas para lidar com profissionais mais maduros.
Renovar sistematicamente os quadros é um princípio
de gestão importante para as empresas. Profissionais mais jovens trazem novas
ideias, colocam em xeque processos anacrônicos e ajudam a evitar que a empresa
envelheça e perca o contato com as mudanças em seu ambiente de negócios. A
renovação, realizada na medida certa, traz efeitos positivos.
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