A
imprensa, com certa regularidade, publica o problema da falta de mão de obra
que prejudica, e muito, nosso crescimento. Essa falta de mão de obra se traduz
praticamente em todos os níveis de educação formal. Do Ensino Fundamental ao
Ensino Superior. Da Pós Graduação ao Doutorado. Enfim, do pedreiro ao
engenheiro, do assistente administrativo ao gerente de suprimentos, do inspetor
de alunos ao professor.
Debaixo
dos nossos olhos está um dos principais causadores da falta de trabalhadores, o
apagão de mão de obra. Operários, engenheiros, dentistas, administradores,
professores, policiais e mais um montão de gente trabalhadora são assassinados diariamente.
Sem o menor constrangimento de quem lhes tira a vida. Muitas vidas são tiradas
ao acaso e sem a menor reação de defesa.
O
pessoal ligado aos Direitos Humanos bate na tecla que os que matam e roubam são
os excluídos da transformação social que passa nosso país. Até bem pouco tempo
essa era a explicação. Agora a explicação vem da ampla recessão e desemprego,
outros dirão. Parece um circulo vicioso. Ora em ascensão e ora em recessão.
Em
uma ponta temos a malversação do dinheiro público com roubos e trapaças diárias
por parte da classe política e empresários malfeitores que infestam esse país.
Dizem os empresários malfeitores que sem propina não tem contrato. Na outra
ponta temos tráfico de drogas, assalto seguido de morte, explosão de caixa
eletrônico, arrastão em restaurantes, bares e no trânsito congestionado, assalto em semáforo fechado, saidinhas de
banco e outras práticas.
A
grande maioria da bandidagem que rola solta nas duas pontas opta pelo caminho
mais fácil de ganhar a vida, de ganhar dinheiro. Roubando e matando. A Polícia Federal
prende e a Justiça solta. Desde o pequeno revolver nas mãos dos “de menor” até
o mais graduado deputado ou senador, passando por prefeitos e governadores.
Ainda há o carro importado atropelador dirigido por um bêbado idiota bem
sucedido. Um julgamento aqui, outro ali, uma condenação aqui, outra condenação
ali. E a vida continua.
De
que adiantam essas passeatas românticas pela paz? Esses abraços coletivos?
Essas velas enterradas na areia? Essas faixas de paz nos estádios? O povo
querendo justiça quando perde alguém assassinado?
Nenhum político é eleito de
forma indireta. O que vale é o seu voto!
Rolam as manifestações e o apagão de
mão de obra continua assassinando brasileiros!
Quando
iremos mudar esse país? Quando poderei jantar fora quando me der na telha sem
medo de arrastão? Quando poderei caminhar, apenas caminhar pela praça sem
sobressalto? A indústria do lazer é a que deveria estar em franco crescimento
não a indústria da segurança.
Para
finalizar, um trecho de um poema de Pablo Neruda
... quero que venha comigo o mineiro,
a criança, o advogado, o marinheiro, o
fabricante de bonecas.
Que entremos no cinema e bebamos o vinho mais
tinto...
Carlos Alberto de Campos Salles
Consultor de Recursos Humanos
Aposentado e Sempre Independente
São Paulo / SP
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