Recentemente li um artigo da Revista Exame com o título –
Elogio, a nova tática para melhorar o desempenho da equipe. Os gurus de gestão
organizacional descobriram que elogio faz bem e nos recomendam a prática. O que
é um elogio? Um trabalho bem feito? Uma previsão bem fundamentada? Muitas
coisas são dignas de elogio.
O artigo recomenda aos líderes distribuírem elogios
frequentes às suas equipes para as mesmas se sentirem motivadas. Elogio é uma chave
rara. Não é para abrir portas o dia inteiro. Tem que ser bem aplicado. Na hora
certa. Um bom elogio fortalece e aumenta a autoestima. Um bom elogio estimula a
busca de melhorias. Um bom elogio incita o autoconhecimento. Elogios frequentes
e por qualquer motivo enfraquecem. Amortecem a velocidade de buscar melhorias. Eu
disse amortecem, não paralisam. Afinal o meu chefe gosta do que faço!
Nos
programas de avaliação de desempenho bem estruturados, elaborados e
desenvolvidos por RH´s capacitados e envolvidos com a turma de gestores da
empresa, para que todos falem a mesma língua, nas reuniões face a face entre
avaliador e avaliado, os pontos fortes são destacados e os pontos fracos são
discutidos.
Nas empresas onde os programas de avaliação de desempenho não
terminam na salinha do Gestor, os pontos fracos, tanto comportamentais como
técnicos, são alvo de participação direta do RH e do Gestor na busca de
melhorias. Os elogios futuros serão consequências, não carvão de locomotiva. “Joga
carvão pro trem andar, mais carvão...!”. Portanto, aplique bem seu elogio.
Tempos atrás, um Consultor de Desenvolvimento Gerencial bem disse – Diretores e Gestores de uma grande empresa passaram todo um final de semana em um hotel fazenda para discutirem a missão da empresa. Na segunda feira estavam todos os funcionários curiosos e apreensivos com a missão. Lá pelas dez horas, um assessor da Presidência começa a pregar cartazes por toda a empresa com os dizeres: Nossa missão é fabricar e vender produtos com qualidade! Tão óbvio quanto a necessidade de se praticar o elogio!
Elogio não pode ser tratado como
se fosse um feedback. Chamar alguma coisa de feedback não faz disso um feedback".
Se contém um julgamento, é uma crítica, não um feedback. Feedback refere-se a observações, jamais
julgamentos ou críticas (esta frase está no livro "Real Coaching and
Feedback - How To Help People Improve Their Performance" de J. K. Smart,
Pearson Education, 2003).
Agora, como citado no artigo original do The Wall Street
Journal, chamar a prática do elogio como um novo estilo de gestão é a mesma coisa que chamar a missão da empresa citada como um novo estilo de tratar clientes!
Carlos Alberto de Campos Salles
Consultor de Recursos Humanos
Autônomo e Independente
Autônomo e Independente
Remuneração – Desempenho – Competências
carh.consultoria@gmail.com
carh.consultoria@gmail.com
São Paulo / SP
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