Não há limites para o universo corporativo quando o assunto é recursos humanos.
Muitas empresas atropelam o bom senso na relação com os funcionários.
Muitas empresas atropelam o bom senso na relação com os funcionários.
Depois de ler essa reportagem, o filme “O Que Você Faria?” (El Método no original), não me pareceu assim tão irreal. É preciso equilíbrio e bom senso para avaliar e separar o joio do trigo, tanto da matéria da Paula Pacheco, quanto do filme O que você faria?
É sabido que o RH é cheio de truques quando se trata de processos seletivos e de programas de treinamento e desenvolvimento. Porém, a grande maioria acaba sendo saudável. Ensaios saudáveis! Claro que muitas vezes tudo fica de ponta de cabeça e confuso para os candidatos. Mas, lembre-se que em um processo seletivo nada é por acaso!
Nesse filme, sete candidatos a um cargo executivo em uma empresa multinacional localizada em Madrid, são fechados em um escritório e enfrentam diversos testes que irão determinar qual o mais apto. O processo decorrerá segundo o Método Gronholm, uma herança americana, como não podia deixar de ser. Enquanto isso, próximo ao local, desenrola-se uma manifestação anti-globalização contra os países mais ricos do mundo.
O argumento desse filme, de Marcelo Piñeyro e Mateo Gil, trabalha uma adaptação livre da peça teatral “El Método Gronholm”, de Jordi Galcerán. “El Método” fundamenta-se nos diálogos e nos conflitos que os candidatos vão construindo e estabelecedo entre si. Enquanto que na manifestação anti-globalização os manifestantes lutam pelo que acham seus direitos e ideais, os candidatos são submetidos a provas que os tornam vítimas das suas próprias dúvidas, inseguranças e frustrações.
A impressão que se tem é que o filme quer demonstrar que a ética, o respeito entre as pessoas, está morta e enterrada. É justamente aí que "mora o perigo" ao querer entender o processo/filme munido de fortes emoções. O que é enaltecido e retratado são os bons modos, as gentilezas dissimuladas e o cinismo corporativo. Quando pressionadas, as pessoas/candidatos simplesmente atropelam o próximo de forma desenfreada e sem pudores e, ainda por cima, monitorados e incentivados pela empresa. É uma crítica perspicaz sobre a cultura corporativa que, de certo modo, acaba influenciando toda a sociedade.
Quem não se sentiu familiarizado com algumas das situações exibidas no filme?
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