Até 1986 trabalhei somente na área de Cargos e Salários.
Tanto na área pública como na privada. Nesse ano virei Gerente. De Remuneração
e Desenvolvimento. Em um grande e maravilhoso Grupo Empresarial nacional. Lá tive
meu segundo e melhor “chefe”. Até hoje é meu benchmark! Meu primeiro e
querido “chefe” foi na área pública nos anos 80, em Brasília. Até hoje temos
uma amizade serena e duradoura.
Nunca tive vocação para ser Diretor, apesar da minha
valiosa bagagem técnica, profissional e comportamental. Gerente estava bom. O
que eu mais gosto é por a mão na massa. Nas empresas por onde andei eu atuava
junto da equipe e com a equipe. Adorava confusão, gestão de rotinas e pressão.
Muita pressão. Eu sempre fui mais integrante da equipe do que gestor da equipe.
Eu e minhas equipes sempre nos demos bem. Ganhei oportunidades, perdi
oportunidades. Esse foi meu jeito.
Em 1993, como decorrência das medidas do Governo Collor de
portas abertas, a indústria de autopeças sofreu forte contração. Era RH em uma
das plantas industriais de uma grande empresa. Aí a reengenharia veio como um
furacão e saí. Quis o destino que a divisão de autopeças foi vendida a uma
multinacional, como tantas outras autopeças, e ao autores da reengenharia
também saíram. Daí? Virei Consultor em busca
da plena empregabilidade, ou seja, eu me despeço quando julgo necessário!
Até 2002 atuei como Consultor Interno de RH e de
Atendimento ao Cliente em duas grandes Distribuidoras de Veículos de alcance
nacional.
Enfim, em 2002 formalizei minha Pessoa Jurídica e voltei à
área pública. Adorei esse retorno. Aprende-se muito com a área pública. Foi
minha terceira experiência (a primeira estadual e a segunda federal). Agora
estadual e municipal.
Como Consultor de RH de uma Fundação ligada a uma
Universidade Federal atuei em várias prefeituras e governos estaduais. Aprendi
e gostei muito. Conheci um monte de gente legal e diversificada. Lá fiquei por
um bom tempo. Findo meus contratos virei Gestor de RH da própria Fundação. Em
Brasília. Cidade que nunca sairá do meu coração. Tanto pelo meu primeiro chefe dos
anos 80 quanto pela minha segunda passagem por lá. Pelas empresas que trabalhei
e pelos amigos que lá deixei.
O segmento que mais gostei de trabalhar foi o das
empreiteiras. Foram pelo menos 15 anos. Adorava botar a bota no barro nos
canteiros de obras no meio do mato e das discussões calorosas com os
engenheiros e os peões da obra.
Engenheiro de
canteiro de obras é a fina flor da engenharia. Nunca conheci um chato!
Ao longo desses 42 anos de vivência contínua e direta em
gestão de recursos humanos, tive muitas alegrias e também muitas decepções.
Decepções mais pela qualidade das pessoas do que das empresas. Depois de
alguns contratos este ano, resolvi que era hora do meu crepúsculo.
Às vezes penso se eu me aposentei ou se me aposentaram?
Muitos profissionais são aposentados “por idade”. Esquece tempo de serviço. É por idade mesmo.
A partir de agora quero a minha vida só para mim. Longe,
muito longe, da competição insana que hoje rodeia o mundo corporativo e,
principalmente, o mundo das consultorias, onde todos desconfiam de todos.
Meus
dias agora são sempre sabáticos e não fico naquela alegria toda quando vejo um monte
de feriadão no calendário. Estou sempre livre e sem estresse!
Carlos
Alberto de Campos Salles
Consultor
de Recursos Humanos
Autônomo
e Sempre Independente
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