terça-feira, 12 de setembro de 2017

Paixão pelo que faz. Não esse mimimi de paixão por pessoas!

Paixão por Pessoas! Esse slogan adotado com frequência pela nova geração de profissionais de recursos humanos já deu. Em minha opinião, absurdamente fora de contexto. Paixão por Pessoas é slogan de campanha política ou propaganda de clínicas psicológicas.

O que o RH deve pensar, ao invés de passar horas criando novos slogans que sustentem a área, é a criação e manutenção de cenários que favoreçam o desenvolvimento profissional e pessoal do trabalhador para que o mesmo tenha paixão pelo que faz.

Paixão pelo que faz é o que diferencia o êxito de uma empresa. 
Não esse mimimi de paixão por pessoas.

Paixão pelo que faz sustenta a contratação de colaboradores com alto potencial de êxito, assegura que estes colaboradores recebam o monitoramento necessário para desenvolver este potencial, define um sistema de avaliação para fornecer a retroalimentação necessária para alcançar um desenvolvimento excelente e permite focar nos conhecimentos, habilidades e atitudes que os colaboradores necessitam para alcançar os objetivos da empresa.

Todo argumento para legitimar novidades costuma começar com a frase “o mundo mudou”! É fácil, rápido e sem contestação. O mundo mudou e pronto. Vida nova nas empresas! Paixão por Pessoas! 

Basta sua empresa ter que demitir uma leva em um momento de crise, como a que estamos vivendo, que lá se vai a paixão por pessoas. Há algum tempo, uma grande multinacional localizada no interior de São Paulo, ganhou o honroso primeiro lugar daquela brincadeira “Best Place to Work”.  Não deu três meses, foi obrigada a demitir metade de sua planta. Também houve uma época que um prêmio nacional de melhor trabalhador do Brasil era muito divulgado. O ganhador ia a Brasília receber o troféu das mãos do Presidente da República. Lembro de um que poucos meses depois foi demitido.

Portanto, vamos acabar com esse negócio, arregaçar as mangas e começar a trabalhar sério

O RH deve ser, essencialmente, um Facilitador (termo emprestado dos processos de gestão da qualidade) e possuir inteligência aguçada para todas as coisas.  Deve fazer do conhecimento sua maior competência e estar sempre disposto à aquisição de novos saberes, à ampliação da criatividade sustentável e à percepção de novas oportunidades. Novos saberes podem propiciar a reformulação de conhecimentos anteriores mal estabelecidos. Deve participar ativamente da ampliação da competitividade de sua empresa. Deve romper com passados mal resolvidos que não retornarão mais. E, vamos em frente! Vida que segue!

Carlos Alberto de Campos Salles
Consultor de Recursos Humanos
Independente

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