Stephen Charles Kanitz é um consultor de empresas e conferencista brasileiro, mestre em Administração de Empresas da Harvard Business School e bacharel em Contabilidade pela Universidade de São Paulo.
Você
já teve a impressão de que seu chefe, seu supervisor ou seus colegas de
trabalho estão ficando menos inteligentes a cada ano que passa? E que essa onda
está afetando inclusive você? Que o mundo está cada vez mais difícil de
entender? Se você está se sentindo cada vez menos inteligente, fique tranquilo,
estamos todos emburrecendo a passos largos, inclusive eu. O conhecimento humano
está aumentando explosivamente. Antigamente, dizia-se que o conhecimento humano
dobrava a cada dezoito meses. Hoje, parece que ele dobra a cada nove. Embora
coletivamente o mundo esteja ficando mais inteligente, individualmente estamos
ficando cada vez mais burros.
Antigamente,
você precisava entender de mecânica para dirigir um carro. Hoje, os
computadores são feitos à prova de idiota, graças a Deus! É justamente por isso
que sobrevivemos. Equipamentos incorporam conhecimento, e muitas vezes tomam
decisões por nós. Por essa Darwin não esperava, pela sobrevivência dos menos
inteligentes.
Se
você ler três livros por mês, dos 20 aos 50 anos, serão 1.000 livros lidos numa
vida, que nem chegam perto dos 40.000 publicados todo ano só no Brasil.
Comparado com os 40 milhões de livros catalogados pelo mundo afora, mais 4
bilhões de home pages na internet, teses de doutorado, artigos e documentos
espalhados por aí, provavelmente seu conhecimento não passa de 0,0000000000025%
do total existente.
Há
intelectual que acha que tem o direito de mudar o mundo só porque já leu 5.000
livros. É muita arrogância. A ideia de intelectuais super esclarecidos
governando nações hoje não faz o menor sentido, é até perigosa.
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