Carlos Wizard Martins
Presidente do Mundo Verde
Era 1987. O Brasil era governado pelo Sarney, o plano cruzado rolava solto e a inflação comia o salário dos brasileiros. O povo estava desempregado. Todo mundo quebrando.
E eu queria abrir uma escola de inglês.
Era uma época em que eu trabalhava das oito às dezoito e dava aulas de inglês para amigos em casa depois do expediente. Como a procura tinha aumentado, tinha colocado minha esposa na jogada. E assim, os dois lecionavam a noite. Só que o espaço ficou pequeno e a procura aumentou.
Então, pensei: por que não abrir uma escola de inglês?
Foi quando tive a pior ideia da minha vida – falar com meus amigos.
E o que eu ouvi depois de contar sobre a minha ideia?
Eles disseram que eu estava louco, que aquilo não ia dar futuro. Que eu ia trocar o certo pelo incerto.
Nesse dia eu fui para casa depois dessa injeção de desmotivação e chorei por horas seguidas. Era um grande balde de água gelada.
Eles? Riram. Riram como se dissessem ‘eu sabia que ele ia desistir’. E eles pareciam ter todas as razões para explicar o porquê do meu plano não dar certo.
Hoje quem chora são eles. Choram porque também tinham sonhos e ficaram focados nos fantasmas do medo e nunca deram chances para que esses sonhos ganhassem vida.
Choram porque veem que as aulinhas de inglês que eles caçoavam, renderam 2 bilhões de reais e a maior transação no setor de educação desse país até hoje.
Se você está com uma ideia, um plano, não deixe que o cenário político e econômico te desmotive a continuar. Não dê ouvidos aos exterminadores de sonhos acabem com ele.
Não cometa o mesmo erro que cometi.
Mas, se cometer, não chore por muito tempo. Deixe que os outros chorem por você
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