sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Apagão, Arrastão e Pandemia!

A imprensa com certa regularidade publica o problema da falta de mão de obra que prejudica o desenvolvimento e o crescimento do país. A falta de mão de obra se traduz praticamente em todos os níveis de educação formal. Do Ensino Fundamental ao Ensino Superior. Da Pós Graduação ao Doutorado. Do pedreiro ao engenheiro, do assistente administrativo ao gerente de suprimentos, do inspetor de alunos ao professor.  

Operários, engenheiros, dentistas, administradores, professores, policiais e mais um montão de gente trabalhadora são assassinados diariamente. Sem o menor constrangimento de quem lhes tira a vida.

O pessoal cheio de mimimi ligado aos Direitos Humanos bate quase sempre na tecla que os que matam e roubam são os excluídos da transformação social. Como incluí-los nunca foi sugerido.  Parece um circulo vicioso.

Em uma ponta temos a malversação do dinheiro público com roubos e trapaças diárias por parte da classe política e empresários malfeitores que infestam esse país. Dizem os empresários malfeitores que sem propina não tem contrato. Na outra ponta temos tráfico de drogas, assalto seguido de morte, explosão de caixa eletrônico, arrastão em restaurantes, bares e no trânsito congestionado, assalto em semáforo fechado, saidinhas de banco e outras práticas.

Com a pandemia voltou a rolar compras sem licitação a preços elevados, hospitais de campanha sem muita utilidade, derrubados logo depois de construídos, compras desnecessárias justificadas pela pandemia e a população querendo justiça. Para com isso. Justiça são os cargos comissionados de alto escalão que o seu prefeito, o seu governador e o seu presidente nomeou são os causadores de sempre.

A grande maioria da bandidagem que rola solta nas duas pontas opta pelo caminho mais fácil de ganhar a vida, de ganhar dinheiro. Roubando e matando. A Polícia Federal prende e a Justiça solta. Desde o pequeno revolver nas mãos dos “de menor” até o mais graduado deputado ou senador, passando por prefeitos e governadores. Ainda há o carro importado atropelador dirigido por um bêbado idiota bem sucedido. Um julgamento aqui, outro ali, uma condenação aqui, outra condenação ali. E vida que segue minha gente!

Para que servem ou a quem servem essas passeatas românticas pela paz? Esses abraços coletivos? Essas velas enterradas na areia? Essas faixas de paz nos estádios? O povo querendo justiça quando perde alguém assassinado?

Põe na sua cabeça que nenhum político é eleito de forma indireta. O que vale é o seu voto!

Todos se perguntam por que perguntar não ofende. Vamos mudar esse país! Quantas vezes ouvimos essa frase desde que nascemos?  De geração em geração.

Eu só pergunto quando poderei jantar fora quando me der na telha sem medo de arrastão? Quando poderei caminhar, apenas caminhar pela praça sem sobressalto?

A indústria do lazer é a que deveria estar em franco crescimento não a indústria da segurança. Para finalizar, um trecho de um poema de Pablo Neruda:

 

 ... quero que venha comigo o mineiro,

 a criança, o advogado, o marinheiro, o fabricante de bonecas.

 Que entremos no cinema e bebamos o vinho mais tinto...

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