Se
você quer ser um executivo comporte-se como tal. João leu essa frase em um livro de
administração, sucesso nos anos 70 – Eu odeio ver um Gerente chorar, título em
português.
Foi oportuno porque no final dos anos 70, João já era coordenador de RH. Nessa época começou a comprar tudo que era livro de
desenvolvimento gerencial. Os anos foram se passando e João cada vez mais não se
comportava como executivo. Chegou até o posto de Gerente em duas grandes
empresas nacionais e João gostava era de executar e não de gerenciar. Vocês podem
pensar que gerenciar também é uma forma de executar. Mas não, João gostava era de
por a mão na massa. Elaborar descrições de cargos, formular tabelas salariais
quantas vezes fosse necessário, avaliar cargos, trabalhar com estatística,
tabular pesquisas, ler e avaliar todo currículo que chegava e por aí vai. Em
todos os sub processos de recursos humanos. Até na área ainda hoje chamada de “Departamento
Pessoal”. Fuçava relatórios de folha de pagamento, auditava pagamentos de
encargos sociais, verificava cumprimento de obrigações sindicais. Não
gerenciando, executando. Junto às equipes como se fosse um deles.
Só
se comportava como Gerente de fato nas reuniões com a Diretoria e festas
corporativas.
Aí sim. Era um executivo!
Foi
assim até o início dos anos 2000 quando resolveu se tornar Consultor. Poderia
executar a vontade.
Hoje, aposentado, admite que errou em vários aspectos e
acertou em outros. Quando você consegue a tão esperada promoção para um cargo
de chefia você não é mais um executor. Você é um facilitador, um líder, um
gerente. Por mais que você goste de executar e era feliz executando, quando
executivo não é mais executor.
Delegar
era uma palavra que quando podia não aplicava. Problemas complexos compartilhava. Parte do pessoal das equipes que deveria gerenciar e não
apenas compartilhar situações difíceis, ao longo do tempo se desenvolveu mais
do que João tornando-se executivos de fato.
A
situação pode se agravar quando a direção da empresa, em um momento de
redimensionamento do quadro de pessoal, ti enxergar como executor e não como
executivo. Aconteceu em duas situações e toca a procurar recolocação
como executivo. Sofreu esse baque, mas se recuperou em pouco tempo. Porém, sua alma continuou a ser de executor. Daí resolveu virar, como já escrevi,
Consultor.
Quando
você se tornar uma posição de comando você tem que agir e
se comportar como
executivo!
Virou
executivo? Então vai algumas recomendações. Procure ter coerência com os seus valores pessoais. Frequente o andar da Presidência. Tenha um bom relacionamento com todos os seus pares executivos. Faça sempre algo a mais e tenha o seu diferencial. Mantenha-se competitivo em relação ao mercado. Atue para que sua equipe ti reconheça como um líder de fato e não
um líder somente pelo título do seu cargo.
Conheça profundamente os negócios de sua
empresa. Compreenda o que cada área faz. Tenha habilidade na comunicação oral e escrita. Procure dominar pelo menos um outro idioma. Saiba também a hora de acatar ordens. Enfim, sábio
é aquele que tem e usa o "bom senso".
João não se lamenta, apenas reflete sobre o que poderia ter feito a mais se tivesse atuado e se comportado
como executivo. Em toda sua vida profissional, quando trabalhava em empresas, surgiram muitas oportunidades. Hoje são escassas. Pense. Quando chegar a sua hora assuma de imediato seu papel de executivo!
(...esse cara sou eu...)
Carlos Alberto de Campos Salles
Consultor de Recursos Humanos
Aposentado e sempre Independente
Aposentado e sempre Independente
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