segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Empregabilidade - Lembre-se, não existem mais edifícios para sempre!

Nesse ano que se inicia vamos conversar sobre empregabilidade. Muitos profissionais de diversos níveis de formação e de diversas áreas e faixas etárias, começaram o ano novo à procura de emprego ou ocupados em manter o emprego atual ou fontes de trabalho e renda.

Aquela velha turma acostumada a viver, conviver e superar tantos momentos de crise no Brasil já viu esse filme antes. A geração profissional pós Plano Real verá um filme nunca antes exibido na televisão!

Nesse momento, até os encantados Y´s estão em tempos de calmaria enquanto aguardam novos ventos. Acostumados a trocar seus empregadores quando percebiam a possibilidade de colisão de rotas estão mais afetos a comandos e controles de gestão e gerenciamento.

Como manter-se competitivo num mercado onde todos querem manter-se competitivo. Segundo o Consultor de Recursos Humanos, José Augusto Minarelli, a empregabilidade é formada por seis pilares: adequação vocacional, competência profissional, idoneidade, saúde física e mental, ter uma reserva financeira e fontes alternativas e networking.

Algumas décadas atrás, um dos quesitos de uma carreira bem sucedida, centrava a dedicação, a lealdade e a paciência para percorrer, degrau a degrau, a hierarquia da empresa. Em troca aconteciam estórias do office boy que virou presidente. O perfil básico do profissional era moldado pela experiência (principal referência de êxito), pela acomodação, pela dependência, pelo carreirismo, pela resistência às mudanças, pelo salário determinado pela empresa e a aquisição de conhecimentos vinha da vontade pessoal.

Por volta dos anos 80, indivíduos e empresas começaram a abandonar a ideia dos chamados “edifícios para sempre”. O perfil básico do profissional passou a ser moldado pelo grau de escolaridade (agora principal referência de êxito), pela confiança, pelo “ser” político, pela criatividade, pelo ajuste às mudanças, pela competitividade, pelo salário negociado com a empresa e a aquisição de conhecimentos baseada na teoria acadêmica.

O conceito “você é o dono da sua carreira”, começou a ganhar consistência a partir do processo da globalização e da corrida em busca de competências. Sustenta a contratação de empregados com alto potencial de êxito, assegura que estes colaboradores recebam o monitoramento necessário para desenvolver este potencial, define um sistema de avaliação para fornecer a retroalimentação necessária para alcançar um desenvolvimento excelente e permite focar nos conhecimentos, habilidades e atitudes que os empregados necessitam para alcançar os objetivos da empresa.

O perfil básico do empregado tem que ser moldado pelo relacionamento com sua equipe (agora principal referência de êxito), quer como líder, quer como integrante, pelos estudos, pela visão global das coisas, pela postura nos processos de mudanças, pela capacidade de facilitador, pelo salário conquistado pelo resultado de seu trabalho e de sua equipe e a aquisição de conhecimentos é fruto de aprendizado contínuo.

Nesse novo contexto, aos seis pilares da empregabilidade citados, podemos acrescentar mais quatro: capacidade de influenciar pessoas, facilidade para promover mudanças, contínua capacidade e vontade de aprender a reaprender e flexibilidade intercultural. A sabedoria consiste em conseguir transformar e trabalhar os dez pilares em seu benefício. Colocá-los a seu serviço. Isso se chama Talento!

Além de estar sempre focado e atualizado naquilo que se sabe fazer e acontecer, é muito importante buscar sempre informações de cultura geral (lembre-se sempre do pilar flexibilidade intercultural). Estar em dia sobre conhecimentos gerais do mundo da política, da economia, da literatura, dos esportes tornam a sua presença e conversa mais interessante aos ouvidos de todos.


Lembre-se, não existem mais edifícios para sempre!

Carlos Alberto de Campos Salles
Consultor de Recursos Humanos
Independente
Remuneração - Gestão de Desempenho - Competências
(11) 99323 - 7923

3 comentários:

  1. Boa tarde,
    Sou Concursado em uma Prefeitura de MG no cargo de Oficial Administrativo, função Departamento de Compras, meu concurso é Ensino Médio. Nosso salário está defasado em comparação ao salário mínimo que todo ano é reajustado. Porém, há uns 5 anos quem recebe salário mínimo e também é concursado, leva vantagem em relação a nós, cujo reajuste não acompanha o do salário mínimo. Gostaria de saber se existe alguma lei que possamos utilizar para respaldar nosso debate para reajustamento anual do nosso salário. Há alguma lei que exige que nosso salário seja reajustado anualmente? Pois, ano passado não teve reajuste e o prefeito desta cidade já avisou que não haverá este ano também. Tem uma turma nova que assumiu o sindicato, porém não acredito em sua força nem em seu conhecimento jurídico para análise do pedido de reajuste. O que podemos fazer? Quaisquer outras informações estou à disposição. Obrigado.

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