Suely Pavan(*)
Muitas organizações se perguntam: Como fazer para atrair e reter talentos?
O mapa de como fazer isto eu já mencionei tim-tim por tim-tim no texto “Como reter Talentos”. Porém, o que mais me surpreende é a capacidade ímpar que algumas empresas têm de espantar literalmente não só os talentos como também todo e qualquer bom funcionário. Afinal de contas, nenhuma empresa vive só de talentos, não é mesmo?
O erro normalmente começa na área que é a porta de entrada da empresa, ou seja, Recrutamento e Seleção. Se gastam por vezes rios e rios de dinheiro para selecionar um talento que se adeqüe àquilo que o mercado “diz que as empresas precisam”, sem se considerar o contexto organizacional. É o mesmo que contratar uma baleia para viver num aquário de peixinhos beta. O desconhecimento da cultura organizacional por parte de selecionadores é decerto um tiro fora da água. E fique tranqüilo(a): Começou errado, dará tudo errado no final.
Por insistência de RH ou até por algum diretor ou presidente que quer ser “modernoso”, o pobre do talento irá adentrar a empresa. Aí, logo de cara, ele se depara com um chefe que odeia sombra, e que ama apenas a sua imagem e semelhança. Nenhum talento na face da Terra tem competência para aturar uma ameba. Até porque, se ele fosse mediano, não seria um talento. E aí a coisa começa a ficar “preta”. No começo o tal talento até irá para a empresa, depois ele não agüentará.
Quando se quer implantar um plano de retenção de talentos, uma das primeiras coisas a se fazer é preparar as chefias. E este preparo demora às vezes anos. É necessário um plano que envolva as seguintes ferramentas: Treinamento e Desenvolvimento e “Coaching”. Eu diria até que se precisa de uma overdose de trabalhos de desenvolvimento profissional.
Antes até de desenvolver os gestores, é preciso saber onde se pisa. Ou seja, é fundamental que se conheça muito bem a cultura organizacional autêntica, e não aquela que consta nas paredes da empresa. Identificar cultura é difícil, agora colar papel com frases feitas na parede é fácil demais. E hoje em dia está cheio de empresa colocando belas missões, valores e objetivos em sites e paredes sem cumprir nenhum deles. Muito triste! Por este motivo é sempre bom dar um lida e várias relidas no livro “Feitas para Durar: Práticas Bem-Sucedidas de Empresas Visionárias” de James C. Collins e Jerry I. Porras, e também no “A Empresa Viva”, de Arie de Geus. Aí, sim, você vai ficar “antenado” num item fundamental: os valores essenciais de uma empresa.
Conhecendo bem a sua empresa, sua cultura e clima, será possível decidir ou não se você quer talentos, e o que precisa fazer em termos de desenvolvimento organizacional para chegar lá.
Eu diria que a parte mais fácil é a atração. Empresas coerentes entre aquilo que pregam e suas ações também contratam empresas de seleção modernas, aquelas que fazem um “perfilzaço” antes de partir para o recrutamento (o marketing da vaga). São empresas que investem em recrutamento e seleção, treinamento de pessoas, processos de diagnóstico da cultura e coaching. Elas não têm esta péssima mania de fazer tudo em casa, pois não querem gastar dinheiro. Contratar talentos requer investimento pesado e não apenas boa vontade. Reter então, mais ainda!
Senão é querer contratar o Pelé, mas pagar salário de jogador de várzea do menor time do interior. Não dá, né?
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