quarta-feira, 8 de março de 2023

Muitos permitem que a descrição de seus cargos demarque os limites de suas competências!

 

Nas décadas passadas quantos de nós não pegaram carona na ascensão e glória das empresas estatais, estaduais e federais, ou nas grandes empreiteiras e indústrias que se alastravam pelo país afora. No ímpeto de alocarem em suas fileiras profissionais capacitados e de motivarem sua saída dos grandes centros, essas instituições primeiro analisavam o currículo para depois definirem cargos e benefícios.

 




Não havia muito rigor no planejamento e dimensionamento adequado dos quadros de pessoal. Em estatais, eram todos seniores, não importando, muitas vezes, o conteúdo ocupacional. Em certo sentido, como filosofia empresarial, podia até ter sua validade, se pensarmos que, quanto melhor a mão de obra, melhor a qualidade dos trabalhos.

 

Passamos a presenciar, então, funções inferiores, sendo exercidas por elementos de nível superior, os quais, com o passar dos tempos, tornaram-se dependentes passivos das empresas, posto que as crianças cresceram, conseguiram a almejada casa própria e criaram círculos sociais. Isso sem falarmos das restrições de mercado de trabalho em inúmeras cidades brasileiras fora dos chamados grandes centros. Como vida além trabalho, podemos, em situações como esta, até adquirir bons índices de qualidade pessoal. Mas será que só isso basta?

 

Muitos permitem que a descrição de seus cargos demarque os limites de suas competências. Bem comportados, não ousam ultrapassar as linhas demarcadas. Quanta qualidade, desde então, não vem sendo sucateada em nossa força de trabalho, pela não virada de mesa, pela grife e pelo mito da grande empresa ou até mesmo pela insegurança de ultrapassar os horizontes além dos cartões de visita e das decorações das mesas de trabalho. 


Nossos limites estão diretamente relacionados com as racionalizações por nós impostas à nossa cabeça e ao nosso desejo de ser e estar.

 

Está claro neste processo todo de revolução organizacional que o grupos dos profissionais com muitos anos de casa, outrora preservado, vem, a cada ano, sofrendo baixas em suas fileiras. O conceito de emprego de longa duração não ocupa mais espaços.

 

Existe um amplo mercado de trabalho efetivo ou de prestação de serviços , nas pequenas e médias empresas brasileiras.      

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