Antes da leitura do artigo abaixo, editado pelo Canal RH, transcrevo um trecho de artigo por mim publicado no Jornal Carreira & Sucesso em Novembro de 2000!
"Executivo de Recursos Humanos – A Missão
Animador de ambientes. Promoter e ombudsman ao mesmo tempo. Headhunter interno. Desenvolvedor de pessoas. Parceiro estratégico. Agente de mudanças, com visão presente e futura. Inovador e contestador. Facilitador. Longe de comportamentos, práticas e costumes tradicionais, que nada mais dizem, de adaptações e cópias mal feitas, de siglas e bordões já há muito massificados, de cursos e seminários que garantem o sucesso ou seu dinheiro de volta, de empoeiradas culturas e paradigmas organizacionais. Preservar os aspectos e as questões legais, viver em estado de freqüente criação e revisão, validando o novo. Coisas novas que possam atender com pleno êxito os objetivos e a busca de diferenciais competitivos de mercado da sua empresa e de seus colaboradores. Comunicar-se incansavelmente com o cliente interno (a excelência do atendimento ao cliente externo é conseqüência direta do envolvimento e do compromisso do cliente interno).
Em gestão de pessoas não há limites, só possibilidades. Doravante, RH negativo só tipo sangüíneo!"
Agora vamos ao artigo do Canal RH! - Editado por Julio Caldeira
Área de Recursos Humanos amplia sua atuação e se torna multifacetada
A última edição do estudo, de 2003, projetou o cenário para 2010. E entre os principais pontos levantados pelos entrevistados – gestores de RH de grandes empresas –, a descentralização das decisões sobre recursos humanos, o papel da área dentro das organizações e a mudança de perfil do próprio profissional desse setor apareceram como os fatores que mais apresentariam mudanças nos próximos anos.
A FIA deve lançar um relatório que vai confirmar essas previsões neste semestre. Mas o professor Wilson Amorim, do Programa de Estudos de Gestão de Pessoas da FIA, já adiantou ao Canal Rh que é possível afirmar que tais mudanças “são evidentes” nas empresas hoje. “A área de RH vem assumindo outros papéis”, explica Amorim.
Gestão de conhecimento
No que diz respeito à descentralização as ações referentes à gestão de pessoal, o professor afirma haver hoje uma adequação de competências. “Fica muito difícil imaginar uma área de recursos humanos capaz de interferir no comportamento da organização como um todo, trabalhador por trabalhador”, analisa o especialista. “Então, naturalmente, o que vai acontecendo é que isso passa a ser posto como tarefa para o gerente de linha, para aquele que vai lidar com a equipe.”
O superintendente de RH da Brasil Brokers, Maurício Seixo, comprova a tendência. “Uma das principais tarefas do RH é exatamente instrumentalizar, dar condições, para que os gestores das empresas tomem as decisões ligadas aos seus recursos humanos”, diz. “Na verdade, é como se, utopicamente falando, o RH trabalhasse para que no futuro ele fosse menos necessário. Ou seja, trabalhasse para que todos os gestores tivessem condições – e aí estão envolvidos preparo, instrumentos, experiência, maturidade – para tomar as decisões necessárias a respeito disso”, explica Seixo.
O professor Amorim esclarece que, no entanto, não se trata de diminuir a importância do Departamento de Recursos Humanos, mas, sim, de torná-lo mais enxuto – e consequentemente mais dinâmico. “Aliás, quanto mais avança a importância do conhecimento dentro das organizações, quanto mais elas caminham em termos da importância das pessoas, mais importante fica esse setor.”
Diferentes papéis
Segundo Amorim, com essas adequações, o RH pode passar a se dedicar a funções mais estratégicas dentro das companhias. “O que tem sido observado em algumas empresas importantes é que você vai, digamos assim, recortando a área de RH em três ou quatro funções diferentes.” Entre elas, estaria a de parceira mais próxima da diretoria. “No seu nível mais elevado, o RH passa a atuar na área mais estratégica mesmo, de identificação dos rumos a tomar, qual a finalidade, o que a organização necessita no seu âmbito mais geral”, aponta o professor.
“Outra função para o pessoal de recursos humanos é prestar serviços especializados – ou seja, organizar as rotinas de concessão de benefícios e assim por diante.”
Uma terceira tarefa, conta o professor, seria desempenhada junto aos gerentes. “O RH passa a ser a de uma espécie de consultor interno da área”, define o especialista. “Ou seja, ele vai acompanhar o trabalho do gerente no contato com os seus funcionários, com a sua equipe, e auxiliar esse sujeito a organizar reuniões, a trabalhar a questão do clima organizacional etc.”
Para o diretor de Recursos Humanos da Siemens, Marcos Cunha, o RH tem, de fato, o papel de consultor e parceiro confiável do gestor. “Além disso, traduz as demandas da empresa em novas políticas corporativas e que possam suportar, em longo prazo, o desenvolvimento sustentável da organização”, analisa Cunha.
Múltiplas facetas
No campo dos novos desafios para o profissional de RH, destaque para uma crescente atuação como um “agente de mudança” dentro das organizações, conforme define o professor Wilson Amorim. “A tendência é as organizações incorporarem cada vez mais conhecimento”, explica. “Elas precisam mudar o tempo todo, incorporar as novidades para, de maneira mais objetiva, inovar. E a inovação só é possível se você tiver pessoas que sensibilizem os chefes e as equipes para a importância disso.”
O diretor de RH da JR Consultoria Empresarial, João Batista Pereira Júnior, acredita que, de fato, é importante que o profissional da área esteja preparado para acompanhar as mudanças de rumo da organização – causadas, por sua vez, pelas constantes mudanças do mercado. “O profissional de RH tem de ter múltiplas facetas”, resume Pereira Júnior. “E uma delas é estar ligado diretamente às estratégias da organização, pois é ele quem faz a gestão do seu principal ativo.”
Fonte: Canal RH - Julio Caldeira
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