domingo, 5 de dezembro de 2021

Gestão de Pessoas na Área Pública - Uma visão sobre Plano de Cargos e Salários


No espírito dos artigos mais lidos deste Blog, este obteve desde seu lançamento, mais de mil visualizações. Na época atendia prefeituras e governos de Estado.  

O Estado tem o poder de pesquisa e investigação e o acesso ao conhecimento através de suas instituições acadêmicas. Muitos projetos desenvolvidos na e para a área pública, em qualquer área do conhecimento, acabam não sendo aproveitados, parcial ou integralmente, por falta de critérios legais que os adaptem às exigências constitucionais e/ou por falta de vontade política, transformando-se apenas em experimentos.

A cada mudança no Poder Executivo, seja nas esferas municipal, estadual ou federal, é necessário transformar o comportamento dos servidores para a “bandeira” do(s) novo(s) partido(s) político(s). Este “novo” comportamento é importante para assegurar a reformulação interna de processos e a prestação de serviços de qualidade aos cidadãos, consoante com a nova leitura política e as promessas da campanha eleitoral.

 

O cidadão atendido na ponta, muitas vezes não consegue perceber a mudança de atitude do servidor, estimulado pela nova gestão. Isso ocorre porque, dentro de uma instituição pública, habitam, com estabilidade, servidores das diversas correntes políticas do país.

 

Cabe então, aos servidores alinhados com a nova Administração e aos “servidores não concursados” (comissionados), a implantação e manutenção da “nova ordem”. De onde vêm os comissionados não concursados? Por indicação, segundo a qual, o responsável consulta as pessoas em quem confia (ou de quem depende) a respeito do indivíduo ideal para exercer determinadas funções. O critério, nesse caso, pode ser técnico (a pessoa mais competente para realizar aquela função) e/ou político (a pessoa mais conveniente para realizar aquela função).

 

Como exemplo de análise, a maioria dos planos de cargos, carreiras e salários da área pública, principalmente para cargos cujo título representa a formação acadêmica, o servidor concursado não encontra opções de crescimento profissional. O cenário pode melhorar um pouco quando a formação acadêmica é apenas requisito para a ocupação de um cargo de titulação genérica e que possa ter um plano de carreira mais estruturado.

 

Muitas vezes, para tornar o salário de um determinado cargo mais próximo do chamado padrão de mercado, aplicam-se adicionais diversos (gratificação disso, gratificação daquilo,...). Os chamados penduricalhos, como se diz na linguagem pública. E por aí vão e vêm os problemas de ordem interna.

 

Nesse contexto, vamos pensar um pouco na gestão de um projeto de plano de cargos, carreiras e salários em uma prefeitura de uma cidade qualquer no interior do Brasil. Na administração pública, as práticas salariais costumam ser resultado de uma longa estória de negociações complexas entre atores políticos, associações de servidores e os sindicatos. A discussão de um simples anteprojeto pode gerar extensas reuniões para avaliação e mensuração da relação do retorno político, da dotação financeira, dos aspectos jurídicos de reenquadramento e adesão ao novo plano e da situação atuária da previdência local. Quando de uma nova proposta de estrutura salarial é possível analisar e imaginar quantas linhas já foram redesenhadas desde o desenho original!

 

Já as empresas da chamada Administração Indireta (serviços de informática, urbanismo, saneamento, manutenção, energia,...) possuem maior liberdade criativa e, normalmente, maiores salários. Existem bons projetos implantados e atrelados aos princípios constitucionais, sempre com ótimas intenções em andamento.

 

É preciso rever a legislação como um todo, por vezes conflitante e sem eficácia, com o objetivo de torná-la menos burocrática e mais racional e possibilitar, desta forma, maior objetividade na sua aplicação.

 

Uma diretriz é a elaboração de uma Proposta de Emenda Constitucional, a chamada PEC, para provimento de vagas via ascensão funcional, uma vez que o texto atual não permite tal provimento. 

 

Uma das justificativas à época da elaboração da Constituição vigente era a finalidade de “moralização” da ascensão e o impedimento de “apadrinhamentos”. Ou seja, ao invés da criação de instrumentos normativos de validação dos processos, se um cidadão atear fogo em uma árvore, derruba-se toda a floresta para que o mesmo não repita o gesto.

 

Quando vemos nos movimentos grevistas de servidores, cartazes com os dizeres “PCCS já”, significam apenas “aumento já”! 

 

A grande maioria dos movimentos grevistas tem como pano de fundo, a elaboração de um plano de cargos, carreiras e salários. Porém, acabam no aceite de um percentual de correção salarial e na intenção da elaboração futura de um plano.

 

Mesmo à espera de maior flexibilidade constitucional, é possível a formulação de planos sustentáveis que atendam aos anseios dos servidores, tomando-se como diretrizes:

 

1. A valorização e desenvolvimento funcional do servidor;

 

2. A articulação dos cargos, atividades e carreiras com os diversos ambientes institucionais;

 

3. A facilitação de programas de capacitação, tendo em vista o contínuo aperfeiçoamento profissional dos servidores;

 

4. A ênfase no auto desenvolvimento e auto gestão da carreira;

 

5. A mobilidade horizontal e vertical dentro dos grupos ocupacionais determinados;

 

6. A responsabilidade do servidor sobre sua própria evolução profissional;

 

7. A qualificação para o crescimento;

 

8. A revalorização do Padrão Salarial;

 

9. A avaliação periódica de desempenho e potencial dos servidores, realizada em conformidade com metas previstas e modelos atuais de competências técnicas e funcionais.

 

Carlos Alberto de Campos Salles

Consultor de Recursos Humanos

Aposentado e Sempre Independente

São Paulo / SP

 

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

10 Lições de Liderança do Bope/RJ - Batalhão de Operações Policiais Especiais


 O Bope é uma tropa de elite da polícia do Rio de Janeiro, chamada em situações em que os pelotões normais da PM não conseguem resolver o conflito. Por causa da dificuldade, cada trabalho do Bope sempre é chamado internamente de missão.

"Os momentos de crise exigem mais da gente. Missão exige sacrifício. Transforme seus objetivos em missões para alcançá-los".

 

Veja as dicas para formar um time qualificado e bem-sucedido na sua empresa:

 

1 – Seja transparente e objetivo: Explique claramente qual é o trabalho e deixe que as pessoas decidam se querem participar dele ou não.

 2 – Mostre o valor do trabalho: Apenas enxergando o valor daquela tarefa é que as pessoas vão se dedicar o suficiente para alcançar os resultados desejados.

– Tenha voluntários: Todos os membros do Bope são voluntários. Eles correm mais riscos no seu trabalho e não recebem a mais por isso. Voluntários se dedicam mais, pois estão ali porque querem, ou seja, veem o valor do trabalho ou se identificam de alguma maneira com a causa. Isso aumenta o comprometimento.

4 – Faça uma seleção rígida: Escolha os funcionários por sua qualidade técnica, experiência e, principalmente, pela determinação. Ela fará com que a equipe coloque as ações em prática.

5 – Prepare a equipe: mobilize e capacite seus funcionários: Defina o papel e a importância de cada um, exaltando o time. "Se tiver alguém desmotivado, ele puxa os outros para baixo. Da mesma forma, se tiver alguém interessado apenas em fazer sua parte, ele pode passar por cima de outros para isso, desestabilizando a equipe".

6 – Faça um planejamento: Elabore um plano de ação para atingir o resultado esperado para a missão. Tenha estratégias e táticas.

7 – Tenha um plano B: O plano ideal dificilmente é executado, geralmente por limitações de tempo e financeiras. Por isso, tenha caminhos alternativos que levem ao objetivo.

8 – Execute o plano com excelência: Define excelência como "o melhor desempenho, com máxima segurança e mínimo esforço, ou seja, sem desperdício".

9 – Tenha um padrão de qualidade: O padrão de qualidade não deve ser baseado no melhor integrante da equipe e, sim, no pior. Afinal, se ele faz parte da equipe, deve ser considerado.

10 – Avalie resultados e aprenda: Confirme as ações positivas e corrija as que deram errado. No treinamento, há um tanque de água gelada para onde os soldados vão quando fazem alguma atividade errada. "Lá, eles têm duas opções: pedir para sair do Bope ou voltar para a atividade, correndo o risco de retornarem ao tanque se errarem de novo. O que parece uma punição é, na verdade, uma superação, pois quando saem do tanque molhados e gelados, eles se dedicam com muito mais energia para a missão".

 

Paulo Storani, 51, foi capitão do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) do Rio de Janeiro de 1994 a 1999. Mestre em antropologia, pós-graduado em administração pública e em gestão de recursos humanos, hoje ele dá palestras sobre como construir equipes de alto desempenho baseado nos métodos de treinamento do Bope.


sexta-feira, 17 de setembro de 2021

As Cenouras, os Ovos e o Pó de Café!

 

O texto abaixo caiu nas minhas mãos e não sei de quem é a autoria. Vale a leitura!

  


  

Ao chegar em casa depois demais um dia de trabalho, a filha se queixou ao pai sobre sua vida e de como as coisas estavam difíceis para ela. Já não sabia mais o que fazer. Estava cansada de lutar e combater, pois assim que resolvia um problema, logo outro aparecia. Tão ou mais complicado. 

 

Seu pai, mestre-cuca de renome, ouviu o desabafo, conduzindo-a até a cozinha onde trabalhava. Lá, encheu três panelas com água e as colocou em fogo alto, a fervura logo acontecendo. Na primeira pôs cenouras, na outra ovos, na última duas colheres de pó de café. Após vinte minutos, desligou tudo, espalhando as cenouras numa tigela, os ovos num prato fundo, o café acolhido por um bule pequeno.

 

 Percebendo a perplexidade da filha, indagou: - Querida, o que você está vendo? Cenouras, ovos e café, respondeu ela sem pestanejar, continuando atônita. Pediu que a filha experimentasse as cenouras, notando a jovem que elas estavam macias. Depois, cumprindo nova solicitação, descascou um ovo, verificando que o mesmo se tornara endurecido após a fervura.

 

Ainda sem entender o que o pai fizera, a jovem questionou o significado daquilo. E o mestre, com a serenidade dos que sabem fazer a hora, disse-lhe que a cenoura, o ovo e o pó de café haviam sofrido a mesma adversidade, a fervura da água, muito embora cada um tivesse reagido de um modo totalmente diferente.

 

A cenoura entrara forte, firme e inflexível. Mas depois de submetida à fervura, amolecera e se tornara frágil. O ovo, por sua vez, possuidor de uma casca que protegia o seu interior líquido, viu sua estrutura interna tornar-se rígida após a fervura. E o pó de café, depois da fervura, havia transformado a água.

 

- Qual deles é você? perguntou o pai à filha. Complementou: - Quando a adversidade lhe bate à porta, como você responde? Como uma cenoura, um ovo ou o pó de café? E arrematou: Você é como a cenoura que parece forte, mas com a dor e a adversidade murcha e se torna frágil, perdendo a força? Ou você será como o ovo, que começa com um coração maleável, mas depois de uma falência ou demissão, se torna difícil, sua casca continuando a mesma, embora seu interior endurecido? Ou será que você se comporta como o pó de café, que muda a água fervendo que lhe provoca dor, para conseguir o máximo de sabor a 100 graus?

 

Se você é como o pó de café, quando as coisas se tornarem piores, você se tornará ainda melhor, para que tudo ao seu derredor possa ficar muito mais bonito. A escolha é sua.

 

Moral da história

 

- Somos nós os responsáveis pelas próprias decisões. Cabe a nós, somente a nós, decidir se a suposta crise irá ou não afetar nosso rendimento profissional, nossos relacionamentos pessoais, nossa vida, enfim.

 

Ao ouvir outras pessoas reclamando da situação, ofereça uma palavra encorajadora. Confie que você tem capacidade e tenacidade suficientes para superar os desafios que te impõem.

 

 "Uma vida não tem importância se não for capaz de impactar outras vidas".

 

 


segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Sempre é muito bom relembrar o método "5S"!

 


O Método "5S" foi a base da implantação da Qualidade Total nas empresas do Japão, tendo surgido nas décadas de 50 e 60, quando o mesmo vivia a chamada crise de competitividade. É possível eliminar o desperdício (tudo que gera custo extra) em cinco fases, com base no método "5S". Foi um dos fatores para a recuperação de empresas japonesas e a base para a implantação da Qualidade Total naquele país.

1a. Fase - SEIRI (DESCARTE) - Tenha só o necessário, na quantidade certa


Cada pessoa deve saber diferenciar o útil do inútil. S'o que tem utilidade certa deve estar disponível. Eliminando-se o que não é útil, você pode se concentrar apenas no que é útil. Vantagens do descarte:

• Reduz a necessidade de espaço, estoque, gastos com sistemas de armazenamento, transporte e seguros.

• Facilita o transporte interno, o arranjo físico, o controle de produção, a execução do trabalho no tempo previsto.

• Evita a compra de materiais e componentes em duplicidade e também os danos a materiais ou produtos armazenados.

• Aumenta o retorno do capital empregado.

• Aumenta a produtividade das máquinas e pessoas envolvidas.

• Traz maior senso de humanização e economia, menor cansaço físico, maior facilidade de operação.

COMO PRATICAR

Escolha seu local de trabalho para uma experiência de descarte. Faça uma série de fotografias (ou filmagem) do ambiente para, no final da tarefa, comparar os resultados obtidos. Defina quem faz o que, onde, quando e como. Dê atenção a tudo que estiver dentro de seu ambiente de trabalho (máquinas, ferramentas, estoques, móveis, papéis, etc.) e defina o que é necessário através de instruções claras para que todos possam separar o útil do inútil.

Quantifique e avalie o que está sendo descartado, respondendo:

1. O que deve ser jogado fora ?

2. O que deve ser guardado num depósito ?

3. O que pode ser útil para outro setor ?

4. O que deve ser consertado ?

5. O que pode ser vendido ?

Após colocar em um local determinado aquilo que será descartado, convide as pessoas de outros setores para que escolham, entre os itens disponíveis, o que de fato lhes interessar.

2a. Fase - SEITON (ARRUMAÇÃO) - Um lugar para cada coisa.Cada coisa em seu lugar


Cada coisa tem o seu único e exclusivo lugar. Cada coisa, após o uso, deve estar em seu lugar. Tudo deve estar sempre disponível e próximo do local de uso. Ter o que é necessário, na quantidade certa, na qualidade certa, na hora e lugar certos traz vantagens:

• Menor tempo de busca do que é preciso para operar.

• Menor necessidade de controles de estoque e produção.

• Facilita transporte interno, controle de produção e a execução do trabalho no prazo.

• Evita a compra de materiais e componentes desnecessários e os danos a materiais ou produtos armazenados.

• Aumenta o retorno do capital.

• Aumenta a produtividade das pessoas e máquinas.

• Maior racionalização do trabalho, menor cansaço físico e mental, melhor ambiente.

COMO PRATICAR

Analise a situação atual - Analise como as coisas estão colocadas, onde e por quê. Arrumação é um estudo de eficiência e esta depende da velocidade necessária para pegar e colocar as coisas em seus devidos lugares.

Defina um lugar para cada coisa - Para definir critérios à colocação das coisas nos lugares, algumas perguntas devem ser respondidas.

1. É possível reduzir os estoques ?

2. O que está à mão precisa mesmo estar ali ?

3. Os nomes das coisas estão padronizados ?

4. Qual o melhor local para cada coisa ?

Decida como guardar as coisas - faça uma análise do estoque conhecendo as características de cada item. Lembre-se:

• Todas as coisas devem ter um nome e os nomes devem ser conhecidos de todos.

• Todas as coisas devem ter espaço definido de estocagem e a indicação exata do local de estocagem.

Garanta que todos sigam as regras - Defina e divulgue procedimentos e normas.

3a. Fase - SEISO (LIMPEZA) -Gente merece o melhor ambiente


Cada pessoa deve saber a importância de estar em um ambiente limpo. Cada pessoa na empresa deve, antes e depois de qualquer trabalho realizado, retirar o lixo resultante e dar-lhe o fim que foi previamente acordado. Um ambiente limpo lembra qualidade e segurança. O desenvolvimento do senso de limpeza proporciona:

• Maior produtividade das pessoas, máquinas e materiais, evitando o retrabalho.

• Facilita a venda do produto ou serviço.

• Evita perdas e danos de materiais e produtos.

• É fundamental para a imagem (interna e externa) da empresa.

Os principais pontos/áreas que se deve atacar com a limpeza são: processos relativos ao produto ou serviço, postos de trabalho, setores. estoques em geral, sucatas, depósitos, arquivos, lixo, áreas externas, fachadas, jardins, atendimento.

COMO PRATICAR

Com a ajuda do Time da Qualidade, conscientize seu pessoal sobre a importância e os benefícios, da máxima limpeza no ambiente de trabalho. Cada um passa a ser responsável pela limpeza e seu ambiente de trabalho.

• Todos devem deixar ferramentas e utensílios limpos antes de guardá-los.

• As mesas, armários e móveis devem estar limpos e em condições de uso.

• Nada deve ser jogado no chão.

• Diariamente, retirar pó e sujeira dos pisos, paredes, tetos, janelas, portas, prateleiras, armários, mesas, cortinas, cadeiras e locais usados.

• Não existe exceção quando se trata de limpeza. O objetivo não é impressionar visitantes, mas proporcionar o ambiente ideal para se obter a Qualidade Total.

Levante sugestões para a melhoria e limpeza do local de trabalho. Marque o Dia da Limpeza, que deve ser preparado como se fosse uma festa (com balões, faixas, lanche festivo, etc.) No Dia da Limpeza, todos devem fazer a limpeza básica em conjunto, inclusive você, varrendo, tirando lixo, teias de aranha, jogando papéis fora, fazendo pequenos consertos, etc..

4a. Fase - SEIKETSU (HIGIENE) - Qualidade de vida no trabalho


Higiene é manutenção de limpeza, da ordem. Quem exige e faz qualidade cuida muito da aparência. Em um ambiente limpo, a segurança é maior. Quem não cuida bem de si mesmo não pode fazer ou vender produtos ou serviços de qualidade.

Ter a empresa limpa e asseada requer gastos com sistema e matérias de limpeza. Requer manutenção da ordem, da limpeza e da disciplina. As vantagens são:

• Facilita a segurança e o melhor desempenho dos empregados.

• Evita danos à saúde do operário e do consumidor.

• Melhora a imagem da empresa internamente e para o cliente.

• Eleva o nível de satisfação e motivação do pessoal para com o trabalho e a empresa.

Na promoção de uma política de higiene na empresa, alguns recursos visuais são úteis:

• avisos que ajudem as pessoas a evitar erros nas operações, em seus locais de trabalho.

• avisos de perigo e outras advertências;

• indicações de locais onde coisas devem ser colocadas.

• designações e/ou informações sobre equipamentos e máquinas;

• lembretes de advertências e/ou lembretes operacionais;

• avisos de manutenção preventiva;

• instruções necessárias ao trabalho.

Ao optar pela comunicação visual, lembre-se:

1. os avisos e comunicados devem ser visíveis à distância.

2. devem estar colocados em locais pertinentes.

3. devem ser claros, objetivos e de rápido entendimentos.

4. devem contribuir para a criação de um local de trabalho motivador e arrumado.

5a. Fase -SHITSUKE (DISCIPLINA) - Ordem, rotina e constante aperfeiçoamento


É a rotinização da melhoria alcançada, a obediência à rotina, a busca constante da melhoria, a educação do ser humano. A disciplina:

• Reduz a necessidade de controle.

• Facilita a execução de toda e qualquer tarefa/operação.

• Evita perdas oriundas do não-surgimento de rotinas.

• Traz previsibilidade do resultado final de qualquer operação.

• Os produtos ficam dentro dos requisitos de qualidade, reduzindo a necessidade de controles, pressões, etc.

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Sempre é muito bom relembrar Sun Tzu!

 


Como todos sabem, na China, ao redor dos anos 400 a.C., um general chamado Sun Tzu escreveu um livro chamado A Arte da Guerra , até hoje muito discutido e analisado por estrategistas especializados em desenvolvimento gerencial. A essência dos conselhos do bom e velho Sun Tzu pode ser captada em dez curtos princípios:


1. Aprenda a lutar. A competição é inevitável, acontecendo em todos os aspectos da vida; nunca poderemos aprender demasiado sobre como competir; cuidado com o concorrer por concorrer; usar a competição somente para enriquecer ou para vencer sem conseguir tirar benefícios da vitória é arriscado e caro; em situações competitivas, não devemos permitir que nossas emoções comandem nossas ações; a emoção ofusca a razão e acaba com a objetividade, sendo ambas necessárias para o sucesso competitivo contínuo; a perda do controle emocional é grande desvantagem e arma poderosa na mão da concorrência.

2. Mostre o caminho. A liderança gerencial, devidamente ajustada às estratégias do empreendimento, embora por si só não determine o sucesso, é fator considerado prioritário para iniciativas vitoriosas.

3. Aja corretamente. Toda vantagem competitiva está baseada em uma execução eficaz; o planejamento é importante, mas as ações são a fonte de sucesso; a vantagem competitiva advém da criação de oportunidades favoráveis e da atuação sobre elas no momento certo; devemos dosar o desejo de atuar com a necessidade de exercer a paciência; somente o fato de sabermos como vencer não significa que possamos vencer; devemos atuar quando é vantajoso e parar quando em condições adversas.

4. Conheça os fatos. Saber lidar com informações é a base do sucesso; o sangue vital de qualquer negócio é a informação transformada em conhecimento; na gestão da informação existem dois aspectos: o de reunir as informações e o de enviar informações, reunindo para decidir e enviando para confundir os concorrentes; a melhor informação vem das experiências; saber confiar na sabedoria popular, nunca no senso comum; os fatos confiáveis precedem sempre as ações bem-sucedidas; o sucesso no campo de batalha da informação depende de saber usar a estatística com senso analítico apropriado.

5. Esteja preparado para o pior. Nunca suponha que a concorrência não atacará; nunca lide com problemas difíceis quando não tiver recursos adequados disponíveis; observe sempre de perto os concorrentes e direcione os recursos sobre seus pontos fracos; nunca subestime a concorrência e considere cuidadosamente o significado dos seus movimentos e táticas; para ter sucesso, sempre espere pelo pior, nunca cantando de galo antes do surgir da aurora.

6. Não complique. O mais importante fator de sucesso numa concorrência é a velocidade; facilite as coisas sempre que puder, posto que métodos fáceis são eficazes e baratos; ficar um passo à frente da concorrência vale mais do que qualquer outra vantagem; quando você está à frente, o concorrente tem que reagir; faça muitas coisas simples muito bem e aumentará muito as probabilidades de vencer; complexidade desnecessária, ou para simples efeito-demonstração, só traz despesas; quando a água flui, evite os lugares altos e procure os vales; distinga sempre simplicidade de simploriedade.

7. Não recue. Todo líder bem-sucedido leva adiante os seus liderados e depois queima as pontes atrás de si; a motivação e o compromisso são a chave para a liderança; quando encarar obstáculos e desafios, direcione a atenção dos seus clientes para os benefícios do sucesso; trate bem as pessoas e capacite-as criteriosamente; o sucesso de toda organização se constrói sobre o sucesso individual de seus membros.

8. Atue sempre melhor. Só existem dois tipos de táticas: as esperadas e as inesperadas; os comandantes eficazes combinam as táticas esperadas e as inesperadas de acordo com as exigências da situação; a inovação eficaz não é necessariamente complicada ou difícil; muitas melhorias simples podem representar uma significativa diferença no desempenho.

9. Atue em equipe. A organização, o treinamento e a comunicação são a base do sucesso; todo treinamento deve ser interessante para ser eficaz; não se pode punir pessoas que ainda não são leais; se não se pode punir pessoas, não se pode controlá-las; as pessoas que se sentem confortáveis e estáveis têm emoções mais sadias e as mentes mais aguçadas.

10. Mantenha os concorrentes em dúvida. Não permita que todos, na organização, conheçam os detalhes de seus planos ou futuras iniciativas. Numa administração democrática, uma excessiva consulta às bases pode retardar urgentes decisões estratégicas.

 

sexta-feira, 2 de julho de 2021

Avaliação de Desempenho no Magistério Público - A quem interessa?

 

Na estória do desenvolvimento educacional, a abordagem de indicadores escolares relacionados a resultados obtidos nos processos de aprendizagem é recente. Historicamente, a área educacional trabalha com a premissa que as condições sócio econômicas e culturais externas ao sistema educativo, sobre as possibilidades de êxito dos alunos, é tão forte e influente, que pouco se pode fazer nas escolas para contestá-las. Hoje existe um certo consenso da ideia que o fracasso ou o sucesso de todo sistema educativo depende, fundamentalmente, da qualidade do desempenho de seus docentes. 

 


Não adiantam novas propostas e planos de estudos, construção de magníficas instalações, modernos meios de comunicação de ensino e outros itens. Sem docentes eficientes não haverá o crescimento real da qualidade de ensino.

  

A formulação e a implantação de programas de avaliação de desempenho de docentes deve ser tratada como tema prioritário para melhorar os resultados de aprendizagem do sistema educativo público e que os docentes tenham um peso decisivo na obtenção desses resultados.

 

A avaliação de desempenho do corpo docente não deve ser vista como uma forma de vigilância e controle de suas atividades (é inaceitável o uso da avaliação de desempenho como forma de pressão), mas sim, como uma forma de facilitar e ampliar o aperfeiçoamento do professorado.

 

Ao invés de “pedir contas” a respeito da qualidade de suas atividades, a situação começa a mudar quando, programas e processos de avaliação de desempenho, asseguram que isso ocorra de forma planejada e sistemática.

 

Quando avaliadores mal preparados que ao mesmo tempo que cuidam de atividades burocráticas de secretarias escolares, desenvolvem a delicada e complexa tarefa de julgar a qualidade do desempenho do professor em sala de aula, sugere o juízo mecânico e subjetivo da equipe qualificadora. Um sistema apresentado dessa forma não é adequado para avaliar e melhorar o desempenho docente em sala de aula e na escola.

 

É fundamental, portanto, rever conceitos e propor um sistema bem articulado em seus componentes e embasado em uma lógica voltada à ação docente. Tal sistema deve ter o potencial de melhorar a médio e longo prazo a qualidade do trabalho docente.

 

É preciso identificar as qualidades que constroem um bom professor para, a partir daí, gerar políticas públicas educativas (pesquisa investigativa do que é ser um bom professor , tendo como público alvo o próprio professor, os alunos e os pais de alunos).

 

Os indicadores de desempenho devem estar voltados para os docentes e não contra eles!

 

Pela própria característica da atividade, o docente é submetido regularmente a uma avaliação (crítica) por toda a comunidade em que atua. Essas avaliações informais, geralmente produzidas de forma espontânea, costumam ser carregadas de subjetivismo e falta de conhecimento amplo dos fatos. Podem gerar decisões inadequadas e constrangedoras e provocar insatisfação e desmotivação dos docentes. Daí que, na maioria das vezes, quando o assunto é avaliação de desempenho, surge a resistência do professorado na discussão da questão. Se faz necessário a formulação de um sistema de avaliação que torne esse processo justo e racional, de forma planejada e sistemática. Que permita valorizar o desempenho do docente com objetividade, profundidade e imparcialidade.

 

Um processo de avaliação realizado regularmente, pode monitorar e aferir o nível de conhecimento do docente e analisar características de competências e habilidades (segurança em si mesmo, mobilidade em sala de aula, comunicação verbal e corporal, espírito de superação de dificuldades, perseverança,...).

 

Observo que antes de se pensar em indicadores é preciso desenvolver e validar procedimentos para uma adequada avaliação de desempenho e preparar avaliadores capacitados para emitir julgamentos sobre o desempenho de docentes em contextos diversos.

 

Para iniciar a discussão da construção de indicadores de desempenho, relaciono alguns itens:

 

- Capacidade para fazer sua matéria entretida e interessante,

 - Qualidade de sua comunicação verbal e não verbal,

 - Capacidade para identificar e compreender as situações em sala de aula e ajustar sua intervenção,

 - Grau de informação sobre o andamento da aprendizagem de seus alunos,

 - Capacidade para criar um ambiente favorável para que o aluno conheça seus direitos e responsabilidades e aprenda a exercê-los,

 - Grau de satisfação com o trabalho que realiza,

 - Assistência e pontualidade com a escola e suas classes,

 - Flexibilidade para aceitar a diversidade de opinião e sentimentos dos alunos e respeito por suas diferenças de personalidade, raça e situação sócio econômica,

 - Grau em que seus alunos possuem sentimentos cívicos pela Pátria, natureza, estudos e ao ser humano.

 

 Carlos Alberto de Campos Salles

Consultor de Recursos Humanos 
Aposentado e sempre Independente

 

segunda-feira, 28 de junho de 2021

Stephen Kanitz - Antigo de 2017 - Lula conseguirá de fato governar o Brasil como antes?

 Lula já perdeu, há muito tempo, seus consiglieri prediletos.



 José Dirceu, que fontes me dizem nem acredita nessa capacidade de Lula se eleger.

 Palocci está preso.

 Aloizio Mercadante e Jaques Wagner sumidos.

 Lula jamais conseguirá fazer um Ministério com pessoas competentes como antes.

 Como Henrique Meirelles, o verdadeiro agente por trás do sucesso de Lula, o presidente do Banco Central mais longevo da história, e o primeiro não economista no cargo.

 Que foi um sucesso como previ.

 Ou Luiz Furlan no Ministério da Indústria e Comércio, e o responsável pelo estrondoso superavit da balança comercial.

 Ou do Roberto Rodrigues no Ministério da Agricultura responsável por esse boom atual da agricultura.

 Ambos formados em Administração pela FGV, como previ que era o que o Brasil precisava.

 Que a Dilma, destilando o ódio que essa classe tem por administradores, rapidamente dispensou, e deu no que deu.

 Nem Meirelles, nem Furlan nem Rodrigues, nem ninguém desse nível, jamais aceitariam um novo convite do Lula.

 E sem um Ministério, Lula será um desastre.

 Por isso é fundamental que a imprensa, os petistas roxos, os petistas arrependidos, mas que ainda votam no PT, exijam que Lula mostre para o Povo Brasileiro que ele é ainda capaz de criar um Ministério à altura.

 Precisamos exigir que Lula (e todos os candidatos) provem sua capacidade de criar um bom Ministério divulgando-o ANTES das eleições.

 Velha tese minha que vale para todos.

 Queremos eleger uma equipe, e não um ditador carismático.

 Na Administração Responsável das Nações, nem se pensaria esconder a equipe estratégica só por medo de perder as eleições.

 Queremos a melhor equipe administrativa possível para o país, não o candidato mais carismático e mentiroso.

 Está na hora de exigirmos essa transparência mínima de nossos candidatos a Prefeito, Governador e Presidente.

 Temos o direito republicano de saber de antemão qual a equipe que pelo menos irá iniciar o novo governo.

Pense nisso antes de votar no Lula ou em qualquer um.