No início de setembro de 1972 iniciei
na área de Relações Industriais (como era o RH das antigas) em uma
multinacional farmacêutica, Bristol Myers, à qual, até hoje guardo meus tempos
lá vividos com muito carinho. Meu primeiro cargo na área foi Analista de Cargos
e Salários Junior. Gostei muito da área. Nela fiquei até hoje. Saí de lá
como Pleno.
Até 1986 trabalhei somente na área de
Cargos e Salários. Tanto na área pública como na privada. Nesse ano virei
Gerente De Remuneração e Desenvolvimento. Em um grande e maravilhoso Grupo
Empresarial nacional.
Nunca tive vocação para ser Diretor,
apesar da minha valiosa bagagem técnica e profissional. Gerente estava bom. O
que eu mais gosto é por a mão na massa. Nas empresas por onde andei eu atuava
junto da equipe e com a equipe. Adorava confusão, gestão de rotinas e pressão.
Muita pressão. Eu sempre fui mais integrante da equipe do que gestor da equipe.
Eu e minhas equipes sempre nos demos bem. Ganhei oportunidades, perdi
oportunidades. Esse foi o meu jeito.
Em 1993, como decorrência das medidas
do Governo Collor de portas abertas, a indústria de autopeças sofreu forte
contração. Era RH em uma das plantas industriais de uma grande empresa e a
mesma foi vendida a uma multinacional como tantas outras autopeças. Virei
Consultor em busca da plena empregabilidade.
Até 2002 atuei como Consultor Interno
de RH e de Atendimento ao Cliente em duas grandes Distribuidoras de Veículos de
alcance nacional. Hoje, uma delas é a mais poderosa do país. Em 2002 formalizei
minha Pessoa Jurídica e voltei à área pública. Adorei esse retorno. Aprende-se
muito com a área pública. Foi minha terceira experiência (a primeira estadual e
a segunda federal). Agora estadual e municipal.
Como Consultor de RH de uma Fundação
ligada a uma Universidade Federal atuei em várias prefeituras e governos
estaduais. Aprendi e gostei muito. Conheci um monte de gente legal e
diversificada. Lá fiquei por um bom tempo. Findo meus contratos virei Gestor de
RH da própria Fundação. Em Brasília. Vivi lá de 80 a 84. Cidade que nunca sairá do meu coração.
Tanto pelo meu querido anos 80 quanto pela minha segunda passagem por lá. Pelas
empresas que trabalhei e pelos amigos que lá deixei.
O segmento que mais gostei de
trabalhar foi o das empreiteiras. Foram pelo menos 15 anos. Adorava botar a
bota no barro nos canteiros de obras no meio do mato e das discussões calorosas
com os engenheiros e os chamados peões da obra. Engenheiro de canteiro de obras
é a fina flor da engenharia. Nunca conheci um chato!
Ao longo
desses 44 anos de vivência contínua e direta em gestão de recursos humanos,
tive muitas alegrias e também muitas decepções. Decepções mais pela qualidade
das pessoas do que das empresas. Depois de alguns contratos pontuais no ano
passado e da aposentadoria, resolvi, nesse abril, que era hora do meu
crepúsculo.
A partir de
agora quero a minha vida só para mim e meus familiares e amigos. Longe, muito
longe, da competição insana que hoje rodeia o mundo corporativo e,
principalmente, o mundo das Consultorias. Pequenas e Grandes. Sem estresse! De
forma “light”! Fui!