quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O poder do Boato!

Fonte/Adaptação: Jornal Carreira & Sucesso – Grupo Catho / Editora Opção

Boato ou fofoca são notícias que uma pessoa conta para outra, contando fatos distorcidos, em sua maioria aumentados, ou conclusões tiradas de algumas palavras que ouviu.

O boato ou fofoca é isso: Vimos alguém passando, vimos alguém falando e sorrindo para alguém e logo concluímos que fulano está indo se encontrar com? ... ou que sicrano está "cantando" alguém ..."!


Diz o ditado popular que quem conta um conto, aumenta um ponto ... Quando se sabe de um boato ou fofoca grande, pode-se ter a certeza de que foi construída por imaginações férteis à custa de frustrações de muitas pessoas, cada uma delas acrescentando ao relato original seus medos e inseguranças ...

Todos nos sentimos vítimas da fofoca e de boatos - quando somos seu personagem. Mas ninguém se sente "agente" criador de fofoca e iniciador de boato. Você já parou para pensar e verificar se, involuntariamente, no seu trabalho, não está iniciando boatos ou se não está, sem o perceber, fofocando sobre alguém?

Fofocar ou espalhar boatos é um comportamento encontrado em muitas empresas. Isso traz prejuízos para o ambiente de trabalho, para a confiança entre colegas e chefes, para o moral de grupo e para a pessoa vítima da fofoca ou do boato.

É preciso que cada um que trabalha em uma organização - você inclusive - tomem muito cuidado com o que falam por ai a respeito dos outros. Não se "ganha" nada com isso, mas um boato ou fofoca pode prejudicar alguém de forma irreparável, tanto em sua vida pessoal quanto na profissional.

Você viu quem está na sala do chefe? Sabe quanto ela recebeu de aumento? As perguntas podem ser um pouco diferentes, mas a fofoca faz parte de qualquer ambiente de trabalho.
Nesse exato momento, deve haver alguém que parou o que estava fazendo e virou para o colega de trabalho do lado para falar da vida de alguém. Embora possam parecer inofensivos, esses comentários de canto de boca acabam prejudicando a produtividade e o clima nas empresas.

"A fofoca é o grande ladrão de energia em uma empresa", diz Edmour Saiani, consultor de empresas. Acostumado a lidar com os problemas cotidianos no ambiente corporativo, Saiani vê a fofoca como desperdício de tempo. "O ser humano é fofoqueiro por natureza. Em uma empresa, isso é prejudicial, pois perde-se o tempo que poderia ser investido em descobertas ou resolução de problemas".

Definição - Qual é a diferença entre fofoca e um simples comentário? Segundo o dicionário Houaiss, fofoca significa um dito maldoso, uma especulação ou informação não baseada em fatos concretos.

Especialista em comportamento organizacional, o psicólogo Moacir Sampaio Silva, que também é professor de psicologia social, define fofoca como uma pretensa informação reservada, mas que carrega conteúdo emocional. "O intuito, geralmente, é comprometer a imagem de alguém, defender interesses pessoais ou, simplesmente, manifestar malícia", explica.
A fofoca nem sempre é planejada. "Muitas vezes ela é inconsciente, visando minar o sucesso dos outros em favor de si mesmo", afirma o psiquiatra Eduardo Ferreira Santos. Para ele, a falta de solidariedade, a dificuldade de relacionamento e o individualismo são características que podem resultar na prática da fofoca. Como lidar - Como não é possível acabar com as fofocas no trabalho, existem algumas medidas que podem minimizar seus efeitos negativos.

Quem não quer ser alvo de mentiras deve fazer a sua parte, evitando comentários maldosos sobre os colegas ou mesmo recusando-se a ouví-los.

Os líderes também têm um papel importante na interrupção dessa corrente. Para Edmour Saiani, é importante que se proporcione desafios aos funcionários. "A atitude forte dos líderes faz com que todos se mexam. Por isso o líder deve caminhar, agitar e indicar caminhos".

Além disso, é sempre importante falar bem. "O elogiado terá um estímulo para continuar fazendo sempre o seu melhor e o elogiador manterá uma boa imagem pessoal", afirma Eduardo Ferreira Santos. A dica não vale apenas para os líderes. Falar bem dos colegas e elogiar sinceramente, contribui para melhorar o clima e, consequentemente, para a boa imagem de quem elogia.

Quando uma empresa passa por processos de fusão ou reestruturação, por exemplo, cresce a insegurança e o espaço para especulações a base dos boatos. "As famosas rádio-corredor ou rádio-peão são tentativas de preencher lacunas deixadas pela falta de informação", diz Moacir Sampaio Silva.

Como na fofoca, ir a público e negar o boato é um erro. "Corre-se o risco de aumentar sua importância e de divulgar ainda mais a informação incorreta", explica o psicólogo.

Buscar a fonte da boataria também é tarefa insana. O melhor, segundo Moacir Sampaio Silva, é que a empresa se empenhe em informar corretamente os funcionários para acabar de vez com o telefone sem fio.

Fonte/Adaptação: Jornal Carreira & Sucesso – Grupo Catho / Editora Opção

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