BLOG CRIADO EM 2009 PARA DIVULGAÇÃO DE ARTIGOS AUTORAIS E TROCA DE IDEIAS EM GESTÃO DE PESSOAS!
sexta-feira, 15 de novembro de 2024
Essa proposta é uma cena de palanque!
segunda-feira, 14 de outubro de 2024
Vamos demitir o Gerente de Recursos Humanos!
Releitura de artigo publicado em novembro de 2009, agora com o uso de IA!
Nos tempos antigos, a figura do Gerente de Recursos Humanos (RH) era frequentemente vista pelos gestores como "aquele que pune, demite ou que manda demitir". Quando um funcionário era instruído a "falar com o RH", já sabia o que o aguardava. Isso facilitava a vida dos gestores, uma vez que o ato de demitir um colaborador é um dos momentos mais difíceis de gerir. Muitos gestores simplesmente pensavam: "Esse é um problema do RH!".
Há anos, circula no meio corporativo a ideia de que todos os gestores são, de certa forma, também gestores de recursos humanos. Com isso, a área de gestão de pessoas tem sido reduzida ao mínimo indispensável, e a contratação de consultorias externas para desenvolver projetos específicos, sejam de curta ou longa duração, tornou-se prática comum em muitas empresas. Surgiu um problema? Chama-se um consultor! Por um lado, isso fortalece o mercado de consultoria, muitas vezes alimentado por ex-profissionais qualificados. No entanto, por outro lado, enfraquece o senso crítico, a capacidade de pesquisa e a criação de novas ideias dentro da própria organização.
Antigamente, as consultorias eram extremamente caras e apenas grandes empresas podiam arcar com os seus custos. Todas as atividades, desde cargos e salários, recrutamento e seleção até treinamento e desenvolvimento, eram geridas internamente pelas equipes especializadas. Além disso, a literatura disponível era limitada e não havia o vasto acesso à informação que temos hoje com a internet. Ainda assim, mesmo com o aumento de materiais disponíveis, visitar uma livraria e procurar livros sobre "Cargos e Salários" demonstra que muitas publicações são repetitivas, com pouca inovação tanto na linguagem quanto na abordagem. Curiosamente, poucos analistas dessa área participaram integralmente de um processo de implantação de projetos como "donos" dessas iniciativas.
Diante desse cenário, será que podemos realmente "demitir" o Gerente de RH, alegando que todos os gestores são, de fato, gestores de pessoas? Será que todos se dedicam à gestão de pessoas com a mesma paixão que têm pelas suas áreas de especialização? Muito provavelmente não.
A frase "o mundo mudou!" tornou-se um clichê nos textos sobre gestão empresarial. É uma forma rápida e indiscutível de justificar qualquer mudança. O mundo mudou, e assim também as empresas precisam mudar.
Um dos temas amplamente discutidos na atualidade são os rótulos que separam e classificam pessoas e gerações em categorias, com manuais escritos por "gurus" sobre como gerir cada uma delas. Termos como Geração X, Geração Y, Baby Boomers ou Geração Slacker, originalmente utilizados nas ciências sociais, demografia e marketing, passaram a ser aplicados na gestão de pessoas. No entanto, comportamentos e atitudes atribuídos a cada geração podem ser encontrados, em maior ou menor grau, em todas elas. Por exemplo, será que todos os jovens da chamada Geração Y realmente compartilham as características que lhes são atribuídas? E será que todas as universidades preparam seus alunos para ser verdadeiros representantes dessa geração? Instituições que limitam a formação de centros acadêmicos, por exemplo, não fomentam o engajamento crítico dos seus alunos. A universidade deve ser um espaço de preparação para o mundo digital, promovendo talentos com capacidade de transformar a realidade social, económica e tecnológica, e não apenas um local de instrução passiva.
O novo Gerente de Recursos Humanos deve ser, acima de tudo, um facilitador, um termo emprestado dos processos de gestão da qualidade. Precisa ter uma inteligência afiada, ser curioso e estar sempre em busca de novos conhecimentos. Este profissional deve abandonar o medo de que o "ótimo" seja inimigo do "bom", e participar ativamente na criação de ambientes que favoreçam o crescimento, tanto da empresa quanto dos colaboradores. O comportamento autoritário deve ser deixado para trás, e a aprendizagem deve ser uma constante no seu dia-a-dia, valorizando a qualidade acima de tudo.
Para além disso, o novo Gerente de RH deve aproveitar a falta de inovação e a escassez de literatura na área para desenvolver novas metodologias e propostas dentro dos subsistemas de gestão de pessoas. É necessário pensar diferente, elaborar novas teses, escrever e compartilhar conhecimentos. A sociedade só tem a ganhar com isso.
Na dúvida, sempre haverá a opção de contratar uma consultoria!
terça-feira, 1 de outubro de 2024
Pequena estória empresarial vivida. Me aposentei ou me aposentaram!
No início de setembro de 1972 iniciei na área de Relações Industriais (como era o RH das antigas) em uma multinacional farmacêutica, Bristol Myers, à qual, até hoje guardo meu bom tempo lá vivido com muito carinho. Meu primeiro cargo na área foi Analista de Cargos e Salários Junior. Alguns anos mais tarde, saí de lá como Pleno.
Até 1986 trabalhei somente na área de Cargos e Salários. Tanto na área pública como na privada. Nesse ano virei Gerente de Remuneração e Desenvolvimento. Em um grande grupo empresarial nacional.
Nunca tive vocação para ser Diretor, apesar da minha valiosa bagagem técnica, profissional e comportamental. Gerente estava bom. O que eu mais gostava era por a mão na massa. Nas empresas por onde andei eu atuava junto da equipe e com a equipe. Adorava confusão, gestão de rotinas e pressão. Muita pressão. Eu sempre fui mais integrante da equipe do que gestor da equipe. Eu e minhas equipes sempre nos demos bem. Ganhei oportunidades, perdi oportunidades. Esse foi meu jeito.
Em 1993, como decorrência das medidas do Governo Collor de portas abertas, a indústria de autopeças sofreu forte contração. Era RH em uma das plantas industriais de uma grande empresa. Aí a reengenharia veio como um furacão e saí. Quis o destino que a divisão de autopeças fosse vendida a uma multinacional, como tantas outras autopeças, e os autores da reengenharia também saíram. Daí, virei Consultor em busca da plena empregabilidade, ou seja, eu mesmo me despeço quando julgava necessário!
Até 2002 atuei como Consultor Interno de RH e de Atendimento ao Cliente em duas grandes Distribuidoras de Veículos de alcance nacional.
Enfim, em 2002 formalizei minha Pessoa Jurídica e voltei à área pública. Adorei esse retorno. Aprende-se muito com a área pública. Foi minha terceira experiência (a primeira estadual e a segunda federal). Agora estadual e municipal.
Como Consultor de RH de uma Fundação ligada a uma Universidade Federal atuei em várias prefeituras e governos estaduais. Aprendi e gostei muito. Conheci um monte de gente legal e diversificada. Lá fiquei por um bom tempo. Findo meus contratos virei Gestor de RH da própria Fundação. Em Brasília. Cidade que nunca sairá do meu coração. Tanto pela minha experiência dos anos 80 quanto pela minha segunda passagem por lá. Pelas empresas que trabalhei e pelos amigos que lá deixei.
O segmento que mais gostei de trabalhar foi o das empreiteiras. Foram pelo menos 15 anos. Adorava botar a bota no barro nos canteiros de obras no meio do mato e das discussões calorosas com os engenheiros e os peões da obra.
Engenheiro de canteiro de grandes obras é a fina flor da engenharia. Nunca conheci um chato! Só gente boa!!
Ao longo desses anos de vivência contínua e direta em gestão de recursos humanos, tive muitas alegrias e também muitas decepções. Decepções mais pela qualidade das pessoas do que das empresas. Depois de alguns contratos resolvi que era hora do meu crepúsculo.
Às vezes penso se eu me aposentei ou se me aposentaram? Muitos profissionais são aposentados “por idade”. Esquece tempo de serviço. É por idade mesmo.
A partir de agora quero a minha vida só para mim. Longe, muito longe, da competição insana que hoje rodeia o mundo corporativo e, principalmente, o mundo das consultorias, onde todos desconfiam de todos.
Meus dias agora são sempre sabáticos e não fico naquela alegria toda quando vejo um monte de feriadão no calendário. Estou sempre livre e sem estresse!
quarta-feira, 25 de setembro de 2024
Cargos, Carreiras e Salários - Práticas e Técnicas de Gestão: Guia do Analista!
https://www.amazon.com.br/dp/B06WWBDH45
Esse livro, destinado ao aprendizado e aperfeiçoamento de estudantes e profissionais de Recursos Humanos, oferece uma abordagem clara e prática sobre aspectos fundamentais da gestão de pessoas, abrangendo tanto os que já atuam na área quanto aqueles que desejam expandir seus conhecimentos. Dividido em duas partes principais, o material aborda temas essenciais, como Descrição de Cargos e a Classificação e Avaliação de Cargos, com uma linguagem objetiva e acessível.
Na primeira parte, o foco é a Descrição de Cargos, onde o leitor aprende a estruturar um processo completo, desde a concepção da ideia e elaboração de questionários até a confecção de um modelo descritivo pronto para análise. Essa seção oferece uma vasta coletânea de exemplos práticos, cobrindo cargos operacionais, administrativos, técnicos, de nível superior e gerenciais, em diversas áreas como Recursos Humanos, Serviços, Contabilidade, Finanças, Tecnologia da Informação e Obras Civis. O conteúdo proporciona uma excelente base para quem deseja elaborar ou revisar descrições de cargos dentro de uma empresa, oferecendo ideias e insights valiosos para otimizar esse processo.
A segunda parte do livro explora a Classificação e Avaliação de Cargos, desmistificando conceitos e metodologias de maneira prática. O leitor aprenderá a utilizar sistemas abertos e fechados de avaliação de cargos, com um enfoque na metodologia de Pontos para a criação de Planos de Cargos, Carreiras e Salários. Além disso, a obra ensina como realizar, tabular e interpretar uma Pesquisa Salarial, oferecendo um projeto completo de plano de cargos com base na metodologia única de Cenários de Atuação, desenvolvida pelo próprio autor. Outro aspecto relevante é a orientação prática sobre a criação de uma Política Salarial e a elaboração de um Regulamento Interno de Empresa.
Esse livro se posiciona como uma ferramenta indispensável para quem busca aprimorar suas habilidades e conhecimentos na área de gestão de cargos e salários, servindo como guia para implantar e ajustar práticas dentro de organizações, de maneira eficiente e bem fundamentada.
quarta-feira, 28 de agosto de 2024
Chega de culpar o RH!
Discriminar significa fazer uma distinção. Discriminação é um termo muito genérico, pois abrange cor, raça, religião, faixa etária, fumante, peso, aparência e outros tantos itens.
A diferença entre não contratar e evitar contratar é uma linha tênue. O ser humano carrega dentro de si um arquivo de itens discriminatórios que começou a ser carregado na infância. Pelas atitudes de seus pais, de sua família, dos amigos da escola e dos amigos do bairro. O colega “diferente” por algum motivo costuma ser alvo de brincadeiras e práticas discriminatórias.
A expressão corporativismo foi criada na Itália fascista e propôs-se eliminar a luta de classes mediante um modelo de colaboração entre elas. Hoje quando falamos em corporativismo, pensamos somente na proteção que fazem entre si grupos de pessoas de mesma natureza e objetivos. Corporativismo médico, político, jurídico ou policial por exemplo.
No mercado de trabalho a prática discriminatória começa quando alguém da área de Recursos Humanos abre seu correio eletrônico ou quando começa a filtrar candidatos a uma vaga divulgada. O primeiro item investigado é a idade do candidato. Salvo raríssimas exceções, o conteúdo ocupacional do candidato não é investigado se a idade fugir do concebido. Esse é praticamente um dos únicos poderes discriminatórios do RH. Geralmente quando um candidato acima dos 40 anos é contratado é porque conseguiu tratar direto com o dono da vaga ou com dono da empresa.
Chega de culpar o pessoal de RH, afinal temos que entender que muitas vezes a própria Direção da instituição ou as características de um cargo e suas atribuições ditam as regras
É muito difícil a contratação de alguém com mais de 28/30 anos para Auxiliar Administrativo, típico cargo de início de carreira. Isso é um fato! Afora o bordão que com essa idade, candidatar-se a uma vaga de auxiliar, não se pode esperar muita coisa e nem acreditar em evolução profissional. Muitos selecionadores alguma vez na vida já se depararam com situações desse tipo, vindo à tona os sentimentos discriminatórios. Mesma coisa um Contador experiente candidatar-se a uma vaga de Auxiliar Contábil pois está há tempos desempregado. O não é instantâneo. A vida do RH não é fácil.
O importante é ter a sensibilidade de buscar alternativas de aproveitamento se o conceito do candidato, aos olhos do RH, é merecedor.
Quando se fala em feedback então, a coisa pega. O que se fala mal do pessoal de RH por causa do bendito feedback é espantoso. Agora, imagine você abrir uma vaga com indicação do nome da empresa, receber “trocentos” currículos e dar feedback a cada candidato não convocado! Quando sobram cinco e um escolhido aí sim. Pode e deve cobrar o feedback. Afora os que telefonam e pedem laudo psicológico por telefone do porque não foi escolhido!
Não se pode culpar o RH se instituições comerciais ou que trabalham em turnos de revezamento não contratam seguidores de uma religião que não permite trabalhar aos sábados ou aos domingos. Ou se uma instituição fornecedora e/ou produtora de produtos bélicos não contrata mecânicos, técnicos e engenheiros árabes, pois seus principais compradores são judeus (nenhum judeu compraria um fuzil ou um tanque fabricado por um árabe). Mas essas instituições não se pronunciam abertamente que não contratam tais religiosos ou judeus, apenas evitam contratar.
quarta-feira, 3 de julho de 2024
Como deve ser bom trabalhar em um Consultoria de RH!! Releitura!!
Tempos atrás ao ler um artigo semelhante fiquei a pensar em situações que vivi tanto no mundo corporativo quanto em meus trabalhos de Consultor.
Em épocas de mudanças estruturais ou turbulências de mercado empresas aproveitam para em nome disso ou daquilo promoverem uma onda de demissões. Antigamente o que você faria? Toca a procurar emprego preferencialmente em sua antiga área de atuação. De alguns anos para cá, além dessa perspectiva, as pessoas tem um cenário de empreendedorismo em qualquer segmento ou atuar como Consultor focado na sua expertise principal.
sexta-feira, 1 de março de 2024
As glamourosas! IA
Texto original ao final! Leia o texto escrito com Inteligência Artificial!
Após uma análise sobre o conteúdo da imagem, as especialistas em Recursos Humanos pareciam saídas diretamente da capa da revista Caras ou de um desfile da São Paulo Fashion Week. Estavam presentes a elegante Gerente de RH, a persuasiva profissional de Relações Sindicais, a estressada do Departamento Pessoal e outras figuras igualmente glamorosas.
Ao retroceder no tempo, recordei os dias em que atuava como Analista e Gerente de RH. Naquela época, a diversidade cultural e técnica era notável, com a presença de psicólogos, administradores, contadores, pedagogos, assistentes sociais e engenheiros (especializados em segurança do trabalho). Cargos e salários discutiam com serviço social sobre a valoração dos cargos, psicólogos de recrutamento colaboravam na criação de dinâmicas de grupo, e engenheiros de segurança do trabalho debatiam com médicos do trabalho. As pedagogas da área de treinamento buscavam apoio para seminários internos, enquanto toda a equipe se envolvia na organização de eventos como a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho e festas de fim de ano.
Na contratação de serviços de consultoria, profissionais da área discutiam com os consultores sobre os resultados esperados e monitoravam suas atividades, promovendo discussões acaloradas e troca de ideias em busca de melhorias constantes.
No entanto, a atual predominância feminina, principalmente entre os psicólogos, trouxe mudanças. Não que haja algo contra os psicólogos - pelo contrário, aprendi muito com meus colegas ao longo da carreira. A questão é que essa homogeneidade linguística pode limitar a variedade de perspectivas e debates construtivos, uma vez que soluções inovadoras frequentemente derivam de diferentes formações acadêmicas.
Retornando ao ponto central do artigo, as imagens glamorosas. Qual mensagem essa foto transmite? Estaria ela servindo como uma homenagem de prestadoras de serviço para alimentar o ego de futuras contratantes?
Na minha visão pessoal e profissional, esse tipo de representação apenas atrapalha e prejudica as profissionais que buscam valorizar a área de RH com projetos fundamentados e validados tecnicamente, prejudicando a imagem da profissão como um todo.
https://www.blogger.com/blog/post/edit/4113506252240030571/3873497011676820048