"Os momentos de crise exigem mais da gente. Missão exige
sacrifício. Transforme seus objetivos em missões para alcançá-los".
Veja as dicas para formar um time
qualificado e bem-sucedido na sua empresa:
1 – Seja transparente e objetivo: Explique claramente
qual é o trabalho e deixe que as pessoas decidam se querem participar dele ou
não.
3 – Tenha voluntários: Todos os membros do Bope são voluntários. Eles correm mais riscos no seu trabalho e não recebem a mais por isso. Voluntários se dedicam mais, pois estão ali porque querem, ou seja, veem o valor do trabalho ou se identificam de alguma maneira com a causa. Isso aumenta o comprometimento.
4 – Faça uma seleção rígida: Escolha os funcionários por sua qualidade técnica, experiência e, principalmente, pela determinação. Ela fará com que a equipe coloque as ações em prática.
5 – Prepare a equipe: mobilize e capacite seus funcionários: Defina o papel e a importância de cada um, exaltando o time. "Se tiver alguém desmotivado, ele puxa os outros para baixo. Da mesma forma, se tiver alguém interessado apenas em fazer sua parte, ele pode passar por cima de outros para isso, desestabilizando a equipe".
6 – Faça um planejamento: Elabore um plano de ação para atingir o resultado esperado para a missão. Tenha estratégias e táticas.
7 – Tenha um plano B: O plano ideal dificilmente é executado, geralmente por limitações de tempo e financeiras. Por isso, tenha caminhos alternativos que levem ao objetivo.
8 – Execute o plano com excelência: Define excelência como "o melhor desempenho, com máxima segurança e mínimo esforço, ou seja, sem desperdício".
9 – Tenha um padrão de qualidade: O padrão de qualidade não deve ser baseado no melhor integrante da equipe e, sim, no pior. Afinal, se ele faz parte da equipe, deve ser considerado.
10 – Avalie resultados e aprenda: Confirme as ações positivas
e corrija as que deram errado. No treinamento, há um tanque de água gelada para
onde os soldados vão quando fazem alguma atividade errada. "Lá, eles têm
duas opções: pedir para sair do Bope ou voltar para a atividade, correndo o
risco de retornarem ao tanque se errarem de novo. O que parece uma punição é,
na verdade, uma superação, pois quando saem do tanque molhados e gelados, eles
se dedicam com muito mais energia para a missão".
Paulo Storani, 51, foi capitão do Bope (Batalhão de
Operações Policiais Especiais) do Rio de Janeiro de 1994 a 1999. Mestre em
antropologia, pós-graduado em administração pública e em gestão de recursos
humanos, hoje ele dá palestras sobre como construir equipes de alto desempenho
baseado nos métodos de treinamento do Bope.