Certa vez li uma entrevista de um alto executivo de uma multinacional – “Aqui,
quando uma pessoa apresenta baixa performance, temos que procurar ajudá-la a
cobrir aquela deficiência, dar uma segunda chance. Se a pessoa não está mesmo
dando certo aqui, achamos que é nossa obrigação, porque a vida é muito curta,
dizer “Você pode ser bem sucedida em muitas companhias, mas aqui não tem
jeito”. Prefiro dizer isso logo, quando o profissional é jovem, a ficar dez
anos enrolando."
Em nossas relações diárias, quantas e quantas vezes os Gestores com medo de demitir um funcionário conclamam o RH para fazê-lo? Quantas e quantas vezes alguém convida um conhecido para uma visita social à sua empresa e na hora marcada manda dizer que está em reunião? Quantas e quantas vezes marcamos com amigos uma balada, todos confirmam para não ficar chato, e ninguém aparece ou telefona?
Tanto na vida social como no mundo
corporativo, nossa cultura não aprendeu que quando não está afim ou quando não
pode fazer alguma coisa ou até mesmo quando não quer receber alguém, é só dizer
– "Olha, hoje eu não tô afim de sair, não posso recebê-lo em minha
empresa, não tenho nenhuma oportunidade de trabalho, ..."
Se você quer apresentar uma proposta de trabalho para uma empresa, que não precisa de você naquele momento, é comum você ouvir "estamos analisando, aguarde mais uma semana, vou marcar uma reunião com a Diretoria, me envia uma proposta com orçamento,...". Isso é cruel, vira ansiedade e cria uma falsa expectativa que aquele empregador ou aquela empresa vai lhe chamar!
Se você quer apresentar uma proposta de trabalho para uma empresa, que não precisa de você naquele momento, é comum você ouvir "estamos analisando, aguarde mais uma semana, vou marcar uma reunião com a Diretoria, me envia uma proposta com orçamento,...". Isso é cruel, vira ansiedade e cria uma falsa expectativa que aquele empregador ou aquela empresa vai lhe chamar!
Nas empresas multinacionais, europeias
principalmente, é muito comum um gestor ou um colega de trabalho vindo da
matriz, dizer para você coisas que você certamente não ouviria em uma empresa
brasileira – “não gostei do seu trabalho sobre tal assunto, você tem que se
esforçar mais!". Aí, parece que o mundo acabou. Foi sincero, nunca mal
educado. Esse é o choque mais comum da nossa cultura, principalmente a
corporativa. Preferimos ouvir ou dizer que todo mundo é excepcional e que
todos gostam de mim! Passados alguns anos, “todos gostam de você” e você ainda
não saiu do lugar que estava e que vai ficar por muitos anos, até sua empresa
ser comprada por outra e você ter que enfrentar o mercado de trabalho sem muita
competitividade.
O que torna as pessoas
confortáveis são comportamentos e situações confortáveis. Queremos sempre ouvir que nossa comida está boa, que nosso trabalho está bom e que somos bons naquilo que fazemos quando, muitas vezes, não somos.
Todos os profissionais que tiveram o privilégio, mesmo que por um tempo, de conviver com um estilo de chefia rigoroso em resultados, semelhante ao “Diabo veste Prada” ou ao “MasterChef”, saíram do lugar comum, buscaram sua diferença e fizeram acontecer. É isso que importa. Sem “mimimi nem chororo”. Chorar e rezar não ganha jogo. Ter atitude, conhecer os limites e saber lidar com as competências disponíveis sim!
Todos os profissionais que tiveram o privilégio, mesmo que por um tempo, de conviver com um estilo de chefia rigoroso em resultados, semelhante ao “Diabo veste Prada” ou ao “MasterChef”, saíram do lugar comum, buscaram sua diferença e fizeram acontecer. É isso que importa. Sem “mimimi nem chororo”. Chorar e rezar não ganha jogo. Ter atitude, conhecer os limites e saber lidar com as competências disponíveis sim!
Carlos Alberto de Campos Salles
Consultor de Recursos Humanos
Independente
Remuneração, Desempenho e Competências
(11) 99323 - 7923
carh.consultoria@gmail.com
Carlos, concordo com boa parte de seu artigo. As pessoas gostam de ouvir que são "amadas" e uma semana depois que você é dispensado da empresa ninguém mais lembra de você. Essa é a dura realidade...
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